Caso ‘cão Joca’: saiba os riscos, regras e cuidados no transporte de pets em aviões

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Tutores de animais de estimação do Brasil inteiro se solidarizaram com a morte de Joca, um cachorro Golden Retriever que morreu nessa segunda-feira (22) por causa de um erro no transporte aéreo da Gollog, empresa da Gol. O animal de João Fantazzini suportaria uma viagem de apenas 2h30, mas ficou quase 8h dentro do avião e acabou falecendo devido a uma parada cardiorrespiratória.

Em entrevista à Itatiaia o veterinário José Lasmar explicou que não existe um tempo máximo ou mínimo no qual os animais podem ficar no avião. “O consenso é que o animal tem que estar condições de conforto, dessa forma ele pode ficar mais tempo. Se ele não estiver estressado e estiver nas condições ideais, ele pode ficar 4,5,6 horas sem problema”, explica.

Conforme o profissional, a raça do cachorro não influencia na quantidade de tempo em que o animal suporta ficar em translado aéreo. “Essa tolerância depende do animal, se ele é mais tranquilo, e se é acostumado ficar longe do dono ele suporta ficar mais tempo. Se o animal é ansioso, agitado e está acostumado a ficar do lado do dono, o tempo é muito menor”, afirma.

Riscos

Um dos maiores riscos para os animais ao viajarem de avião é o estresse e a ansiedade da separação. “Caso os animais apresentem esses distúrbios, eles podem entrar em um colapso respiratório”, esclarece.

Em casos de gatos, Lasmar pontua que eles devem ficar o menor tempo possível em viagens de avião. Isso, porque esses animais costumam ficar muito estressados quando presos. Já no caso das aves, não existe nenhum tipo de limitação porque são acostumadas a ficarem sozinhas e presas.

Animais braquicefálicos

A Gol e a Latam não permitem o transporte aéreo de animais braquicefálicos. Para Lasmar, essa medida é tomada porque esses animais possuem mais restrições de saúde porque a anatomia do focinho e do nariz comprometem a troca de temperatura do cão ou do gato. “O maior problema do braquicefálico é que ele tem mais dificuldade de fazer a troca de temperatura se ele começar a ficar muito ansioso. Ele tem o risco de superaquecer e vir a óbito”, esclarece.

Contudo, ele reforça que se o animal, mesmo sendo braquicefálico, tiver temperamento dócil, tranquilo e for acostumado a ficar longe do dono, ele não teria tantos problemas com a viagem de avião.

Quais cuidados tutores devem ter quando forem transportar o animal por avião?

Os tutores devem prestar muita atenção e respeitar as recomendações das companhias aéreas, principalmente com relação ao tamanho da caixa onde o animal ficará. “Ele deve ficar confortável dentro da caixa e, com isso, ele deve conseguir dar uma volta dentro dela, ficar em pé naturalmente e ter um espaço tanto na frente cranial quanto na parte caudal”, informa Lasmar.

O veterinário também pontua que animais obesos não devem fazer esse tipo de viagem porque eles costumam ter problemas respiratórios. Por fim, ele pontua que os tutores que pretendem transportar os animais em aviões devem sempre manter o temperamento do cão saudável.

Animais devem fazer um check-up antes de serem submetidos a um transporte aéreo?

“É recomendado que os animais façam check-up antes de serem submetidos ao transporte aéreo. É aconselhado que eles façam um check-up e é obrigatório que eles passem por uma consulta. Ele só pode ser transportado depois de uma consulta do veterinário e o profissional emitirá um atestado médico apontando que o animal está apto a viajar”, esclarece.


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