Transformar a dor em amor é uma arte. Um legado de corações solidários. Aos 54 anos, Estefânia de Carvalho, mãe do Gabriel e avó do Vicente, leva alegria aos pacientes oncológicos, com a boneca Aninha. Mais que solidariedade, a Aninha, que trouxe consigo o Mateus, é uma declaração de amor.
“Eu perdi a minha irmã para o câncer e ela era a minha melhor amiga”, declara. Aninha, a irmã de Estefânia, era artesã. Com a perda dela e sem saber o que fazer com todo o material, Estefânia fez um curso de costura e começou a confeccionar bonecas para entregar a pacientes oncológicos.
“Após a perda da minha irmã, eu conheci a família do Mateus, um menino de apenas quatro anos, que também perdeu a vida para o câncer”. A partir daí, ela passou também a confeccionar o boneco em memória do menino, como forma de alentar a família.
Hoje, o projeto reúne 40 pessoas, que se encontram duas vezes por semana para confeccionar as bonecas. Além de hospitais de Juiz de Fora, o projeto também chegou em Barretos (SP).
Estefânia também vai às escolas para falar sobre o projeto para crianças. Elas escrevem cartas que são encaminhadas, juntos com os bonecos de Aninha e Mateus, para os pacientes oncológicos de todas as idades.
“Hoje eu sou mais esperançosa e compreensiva. Sou visitada pela dor e pela tristeza, mas elas não podem fazer morada em mim. O que faz morada em mim é o amor e a fé”.
Ouça a entrevista de Estefânia de Carvalho no quadro Mulheres Incríveis.
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