‘Será o pior ano da dengue em nossa história’, diz secretário de Saúde de Minas Gerais

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Os números mais atuais da dengue em Minas indicam 194 mil casos prováveis e 67.592 casos confirmados. Em todo o estado, 18 mortes já foram confirmadas e outras 105 estão em investigação. As informações foram divulgadas na manhã desta sexta-feira (16), em coletiva de imprensa, pelo secretário de estado de Saúde, Fábio Bacheretti.

Em um gráfico apresentado pelo secretário de Saúde, a linha azul simboliza o período entre 2023 e 2024. Já a curva laranja representa os anos de 2015 a 2016, e a curva verde 2018 a 2019. Bacheretti chama atenção para a inclinação da linha azul, que está bem maior que a dos outros anos, o que significa que os casos de dengue aumentaram significativamente em um curto espaço de tempo.

Os dados impressionaram o secretário, segundo quem a velocidade de aumento da transmissão no estado é a maior da história. “Nunca vivenciamos uma inclinação tão forte de dengue na nossa história, e vamos ultrapassar o maior pico de dengue. Não temos dúvida que será o pior ano da dengue da nossa história. Em Belo Horizonte, devemos ter agora o maior pico de pacientes”, disse, Fábio Bacheretti.

Gráficos mostram número de casos de dengue em MG Arte: Governo de Minas Gerais/Divulgação

Apesar da Chikungunya, dengue preocupa mais o governo

O último boletim epidemiológico do Governo de Minas, divulgado nessa quinta-feira (15), indica que o estado tem 22.686 casos prováveis e 15.222 confirmados de Chikungunya. Apesar do número alto, Bacheretti disse que os casos de dengue são a maior preocupação das autoridades.

“Desde o ano passado, a Chikungunya se tornou uma realidade em nosso estado, ela se confirma este ano. Temos bastante casos prováveis, mas o volume deste ano da dengue nos vem surpreendendo mais”, informou.

O secretário explica que por muitos anos o sorotipo 1 foi o que mais circulou em Minas Gerais. Mas, neste ano, os sorotipos principais em circulação são o 2 e 3. “A gente tem que ficar de olho, porque nós temos a maior parte da população suscetível, ou seja, sem imunidade para os novos sorotipos”, disse.

A última epidemia de dengue, em 2019, também é outro fator de preocupação. “Uma infecção precoce de um outro sorotipo, geralmente, gera casos mais graves. Então, este é outro ponto que nos preocupa”, explica o secretário.


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