Polícia Civil investiga estudantes de medicina por ‘masturbação coletiva’ em jogo em SP

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A Polícia Civil de São Paulo abriu, nesta segunda-feira (18), uma investigação para apurar o caso dos estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) que apareceram em vídeos fazendo “masturbação coletiva” e correndo pelados durante uma competição esportiva, em São Carlos, no interior paulista.

A informação foi confirmada à Itatiaia pela polícia no fim da tarde desta segunda. Em nota, a corporação informou que “assim que tomou conhecimento dos fatos, iniciou diligências para apurar o ocorrido. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos já iniciou as investigações para o total esclarecimento dos fatos”.

Em entrevista à Itatiaia, a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB de São Paulo, Isabela Castro, disse que o caso se enquadra como importunação sexual. O crime tem pena prevista de um a cinco anos de prisão.

Envolvidos na situação enviaram notas à Itatiaia. A Unisa ainda não respondeu aos contatos da reportagem.

O Ministério das Mulheres divulgou uma nota em repúdio nas redes sociais.

Entenda o caso

As imagens do grupo de estudantes fazendo “masturbação coletiva” durante um jogo de vôlei feminino e também comemorando na quadra com as calças abaixadas viralizaram nas redes sociais nesse fim de semana.

Porém, o caso ocorreu há quase quatro meses, durante um evento chamado Calomed, de acordo com uma nota enviada à Itatiaia pelo Centro Universitário São Camilo, instituição a qual pertencem as alunas do time de vôlei. Os jogos entre faculdades de medicina foram em São Carlos, no interior de São Paulo, entre os dias 28 de abril e 1º de maio deste ano.

“[…] em abril deste ano [a Atlética do curso de medicina] participou de outro evento esportivo chamado Calomed, quando nossas alunas disputaram um jogo contra a equipe da Unisa. Os alunos da Unisa, saindo vitoriosos, segundo relatos coletados, comemoraram correndo desnudos pela quadra”, informou a nota.

Ainda segundo o Centro Universitário São Camilo, “não foi não foi registrada, naquele momento, nenhuma observação por parte das nossas alunas referente à importunação sexual”. No comunicado, a instituição esclareceu que apoia todos os alunos e que “não compactua com quaisquer atos que possam atentar contra o pudor e os bons costumes”.

Por meio de nota, a Associação Atlética Acadêmica José Douglas Dallora (AAAJDD), do curso de medicina da Universidade Santo Amaro, também afirmou que os vídeos não são recentes. “As filmagens circuladas pela mídia não são contemporâneas e não representam os princípios e valores pregados pela AAAJDD”, explica.

“Não toleramos ou compactuamos com qualquer ato de abuso ou discriminatório. Assim, atletas, torcedores, equipe técnica e todos os envolvidos em nossas competições e eventos são, por nós, incentivados sempre a terem comportamentos pautados em princípios éticos e sociais em que prevaleçam o respeito, a inclusão e igualdade”, afirma o comunicado.

A reportagem tentou contato com a Universidade Santo Amaro, mas não houve retorno.


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