Pelo segundo ano consecutivo, foi cancelado o desfile das escolas de samba de Juiz de Fora. O motivo é a crise financeira.
Mesmo com projeto de R$ 2,5 milhões, aprovado pela Lei Rouanet, não houve tempo hábil para captar recursos e, a cerca de um mês para a folia antecipada, qualquer manobra seria inviável, segundo o Executivo.
A dívida do estado com Juiz de Fora já ultrapassa os R$ 200 milhões.
Apesar do cancelamento dos desfiles, a cidade polo da Zona da Mata está com edital de autorização aberto para atividades carnavalescas, incluindo os tradicionais blocos. A programação da folia será de 15 de fevereiro a 5 de março, porém sem nenhum aporte financeiro dos cofres públicos.
Outras cidades de pequeno porte, porém com muita tradição no carnaval, conseguiram manter a programação da folia em meio a crise. Entre elas, São João Nepomuceno, Visconde do Rio Branco e Mar de Espanha.
Em Rio Pomba, a programação ainda não está fechada, mas a expectativa é que a folia ocorra com menos recursos.
Viçosa
A crise financeira também levou a prefeitura de Viçosa a cancelar o carnaval.
Com déficit de repasses de 23 milhões de reais, a cidade foi uma das primeiras da região a declarar Estado de Emergência Financeira.
O prazo se encerra no carnaval e, segundo o prefeito Ângelo Chequer, do PSDB, seria um contrassenso promover a festa, num momento em que há outras prioridades. Ainda segundo a prefeitura, embora sem o carnaval oficial, alguns blocos tradicionais da cidade prometem realizar o desfile.
Ubá
Em Ubá, a Prefeitura anunciou nesta semana que o desfile das Escolas de Samba serão retomados após 15 anos. No entanto, o investimento para a folia será 40% menor que no ano passado. Mesmo com déficit de 32 milhões, a cidade do polo moveleiro está com a folha de pagamento em dia, segundo o Executivo.
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