A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou o balanço da sindicância que apurou 92 denúncias de fraudes nas costas.
Dessas, 17 foram acolhidas pela instituição e encaminhadas à Reitoria, para abertura de Processo Administrativo Disciplinar.
Segundo as informações recebidas pela Ouvidoria Geral, os alunos teriam, na ocasião do processo seletivo para ingresso na instituição, realizado autodeclaração falsa acerca de serem negros – pretos ou pardos.
Dos 68 estudantes entrevistados, a Comissão de Sindicância compreendeu que 51 são pardos, ocupando de forma legítima as vagas do Sistema de Cotas, tendo sido os processos arquivados. O reitor Marcus David explica que das 92 denúncias, 68 foram procedentes e o restante eram de estudantes que não faziam efetivamente parte da instituição.
O curso com maior número de denúncias acatadas foi o de medicina, com seis.
As penalidades para estudantes que tentam burlar o sistema de cotas variam desde a perda do direito à vaga na UFJF até responder a processo judicial. As investigações da comissão visam a resguardar os direitos da população negra e de baixa renda, contemplada pela Lei 12.711/2012, a Lei de Cotas, alterada pela Lei 13.409/2016.
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