‘Não há nova data’, indica ministra Esther Dweck após adiamento do Concurso Nacional Unificado

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou nesta sexta-feira (3) que não há previsão de uma nova data para realização do Concurso Nacional Unificado (CNU). As provas seriam aplicadas no domingo (5).

Entretanto, o Governo Federal decidiu adiar o exame diante do agravamento das condições climáticas e dos impactos humanitários em Porto Alegre e do avanço das chuvas sobre Santa Catarina. A suspensão da prova ocorreu, segundo a ministra, para garantir a segurança jurídica do concurso público e condições igualitárias para os candidatos.

O ministério agora precisará calcular o impacto financeiro do adiamento da prova. Dweck indicou que ainda não é possível precisar os custos, mas, garantiu que o orçamento da União dá conta de cobrir os custos necessários. “Faremos um remanejamento para pagamento da prova. Existe o recurso e ele será remanejado”, afirmou. “O custo é baixo diante da importância de tomar essa decisão de adiar para garantir a segurança de todos os candidatos”, acrescentou.

A ministra ressaltou várias vezes que não há indicativo de quando a prova deverá ser aplicada, entretanto, disse que o Governo Federal atua, neste momento, para garantir a segurança dos exames já impressos.

Os documentos que estavam em deslocamento para os locais de prova serão devolvidos para as bases indicadas como seguras pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ali devem ser mantidos até a nova data para evitar vazamentos.

‘Solução mais segura para todos’, argumentou Dweck

A ministra afirmou nesta sexta-feira que a decisão de adiar o CNU artiu de uma negociação entre o Governo Federal, a Advocacia-Geral da União e a Defensoria Pública da União (DPU). Dweck indicou que duas preocupações foram imprescindíveis para o adiamento da prova. A primeira era garantir condições iguais para todos os candidatos; o que, segundo a ministra, não seria possível se o concurso ocorresse no domingo ou se o cancelamento da prova afetasse apenas os municípios do Rio Grande do Sul.

“O governador desde sempre nos pedia um reforço e indicava os riscos de realizar a prova no Estado. A gente achava que poderia ter forças federais para garantir a aplicação, mas, revisamos o cenário…”, afirmou. “Para preservar a credibilidade do concurso para todos os candidatos e toda a concepção democrática dele desde o início”, acrescentou. “Essa é uma solução mais segura para todos os candidatos”, concluiu.

A segunda preocupação do Ministério da Gestão era com o agravamento da situação a cada hora; o Governo Federal não poderia prever em quais condições estarão os municípios gaúchos e catarinenses até a data de realização da prova.