Minas Gerais é o estado com a maior taxa de mortalidade (30%) de pequenos negócios com até cinco anos de atividade no país.
A informação consta na pesquisa Sobrevivência das Empresas 2020, realizada pelo Sebrae.
O estudo mostra que, em nível nacional, os microempreendedores individuais (MEI) são os que mais encerraram os negócios no período (29%), seguidos pelas microempresas (21,6%) e pelas empresas de pequeno porte (17%). Para 45% dos entrevistados, o principal motivo para o fechamento da empresa foi a pandemia do Coronavírus.
De acordo com dados da Receita Federal, Minas Gerais foi o segundo estado com o maior fechamento de pequenos negócios (MEI+MPE) em 2020 (116.149 negócios), perdendo apenas para o estado de São Paulo (271.736). Conforme o Sebrae, vários fatores podem explicar a alta taxa de mortalidade de empresas no estado, entre os quais o aumento expressivo de empreendedores nascentes (com até 3 meses).
Segundo a pesquisa GEM, Global Entrepreneurship Monitor, que mede a taxa de empreendedorismo no mundo, a taxa de empreendedorismo inicial no Brasil atingiu o maior patamar nos últimos oito anos, chegando a 23,4% da população economicamente ativa do país.
Já a taxa de empreendedorismo total alcançou o menor patamar no mesmo período, com uma queda de 18% no ano passado. Com esse resultado, o Brasil caiu do 4º para o 7º lugar no ranking global da GEM.
Fatores que podem ter contribuído com a sobrevivência
Em média, 43% dos empresários fizeram alguma capacitação.
72% já conheciam o ramo do negócio da empresa e, destes, 40% trabalhavam como autônomo no ramo.
A maior parte dos entrevistados levantaram informações e planejaram o negócio, em média, 15,2 meses antes de abrir a empresa.
58% das empresas em atividade foram abertas por oportunidade, contra 49% das fechadas.
Fatores que podem ter contribuído com a mortalidade
64% dos entrevistados não se capacitaram.
33% dos entrevistados empreenderam por necessidade.
45% dos entrevistados disseram que o principal motivo para o fechamento da empresa foi a pandemia do Coronavírus.
34% disseram que o acesso facilitado ao crédito poderia ter evitado o fechamento da empresa.
Realidade após o fechamento
34% dos que fecharam a empresa passaram a trabalhar como autônomos. 31% passaram a trabalhar com carteira assinada.
34% dos entrevistados ficaram numa situação financeira pior quando fecharam a empresa.