A pauta sobre o tombamento do Centro Esportivo do Colégio Metodista Granbery está tramitando no Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac). O assunto volta à pauta e deve ser votado na próxima segunda-feira (13), três dias antes do leilão previsto para o imóvel.
Em reunião realizada nesta segunda (6), foi definido como relator do processo o titular da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade (Sedic), Ignácio Delgado.
O leilão de parte do Centro Esportivo, que envolve piscina, campo de futebol e parte do bosque tem valor estimado em R$ 40 milhões de reais, quantia que ajudaria no pagamento de parte das dívidas trabalhistas e tributárias da Rede Metodista, que ultrapassam os R$ 2 bilhões. O caso está em trâmite no estado do Rio Grande do Sul, na comarca de Porto Alegre, 2ª Vara de Direito Empresarial, Recuperação de Empresas e Falências.
Sobre o processo de tombamento
O processo de tombamento se dá porque, documentos da escola e da imprensa juiz-forana mostram que no campo de futebol do Granbery pode ter ocorrido um partida de futebol antes da chegada de Charles Miller no Brasil. Ele é considerado o pai do futebol brasileiro, por ter trazido a suposta primeira bola de futebol para o Brasil em 1894.
Porém, os documentos do Colégio Granbery mostram que a bola já estava no país antes da chegada de Miller e que teria rolado nos gramados do Granbery em 1893.
Segundo o Comppac, a legislação define que ao bem em processo de tombamento recai a mesma proteção de um bem tombado. Ou seja, a venda do imóvel não é vedada, no entanto, não podem ser feitas modificações no mesmo.
Comunidade Escolar acompanha situação
A Itatiaia teve acesso ao comunicado enviado para os pais, informando sobre o trâmite e o interesse de um investidor e que as tratativas estariam em fase embrionária. No comunicado, também é informado que não há mudanças previstas a curto prazo nas atividades educacionais da escola.
A Itatiaia também entrou em contato com a Associação de Ex-alunos, que tem se movimentado para que o leilão não aconteça. Segundo a presidente da instituição, o processo de tombamento estava parado desde 2016 e reunião de segunda-feira (13) vai aprovar ou não o tombamento.