A Zona da Mata registrou mais uma morte suspeita por febre amarela.
A vítima é um produtor rural de 61 anos, de Viçosa. Ele chegou a ser transferido para Belo Horizonte e teve o óbito confirmado nesta manhã de quarta-feira, 17. A suspeita ainda não confirmada, mas os números referentes à doença assustam na região. São duas mortes de humanos confirmadas em Mar de Espanha e Goianá e sete casos de macacos, nas cidades de Mar de Espanha, Santana do Deserto, Matias Barbosa e Simão Pereira, além de três em Juiz de Fora. Os números têm levado as cidades a tomar medida quanto à vacinação.
A reportagem da Itatiaia conversou com o médico infectologista Guilherme Côrtes. Ele explicou que, de todas as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a Febre Amarela é a mais simples de ser controlada, pela vacinação. O profissional critica as formas de controle vetorial do mosquito no país. “A partir da década de 80, houve aumenta da proliferação e infestação do Aedes. As medidas deixaram de ser efetivas e houve uma interiorização das doenças provocadas”, explica.
Ao falar sobre a doença e a letalidade, Guilherme Côrtes explica que os sintomas são febre, dor no corpo, mal estar, dor de cabeça, considerados inespecíficos pelo profissional. “Cerca de 10 a 15% dos casos evoluem para casos graves. Eles evoluem para hepatite, hepatite grave, insuficiência renal associada. A letalidade nesses casos graves é alta, podendo chegar a 50, 60%”, explica.
Em Juiz de Fora, a prefeitura vai intensificar a vacinação em horários especiais em todos os postos de saúde e em dois departamentos de saúde até o dia 2 de fevereiro.
No sábado, dia 20, vai realizar dia especial de vacinação nos mesmos locais e em um posto montado no centro da cidade. Vale lembrar que a vacina demora cerca de 10 dias para fazer efeito no organismo.
Confira a entrevista na íntegra.
Foto: divulgação assessoria de comunicação / Santa Casa de Juiz de Fora