A falta de pagamento de salário causa problemas para os servidores. Desde 2016, o Estado tem adotado a política de parcelamento de salários do funcionalismo devido o cenário de crise financeira nas contas. Porém, têm ocorrido atrasos mesmo com o escalonamento.
Os servidores da segurança pública e Fhemig recebem, na primeira parcela, até R$ 3 mil, e restante do funcionalismo R$ 1.500. O restante do pagamento é feito na segunda e terceira parcelas.
O setor da educação, por exemplo, começou a realizar paralisações caso não ocorra o pagamento. Segundo o Sind-UTE, só retorna ao trabalho quando o salário cair na conta. O sindicato conseguiu uma liminar no TJMG obrigando o pagamento no quinto dia útil. Mas, o Estado recorreu no Supremo Tribunal Federal e conseguiu derrubar a tutela.
O problema da agrava quando é servidor aposentado. Os inativos sofrem com constantes atrasos. No último dia 25, era para ser pago a segunda parcela mas não foi feito. A quitação só aconteceu nesta segunda, 30.
Aldair Bretas relatou que a mãe tem 85 anos e trabalhou como professora no Estado. Hoje está internada numa clínica, e ele não consegue efetuar o pagamento.
Outra professora aposentada passa por problema. Sandra Silva, de 66 anos, relatou que pode ter água e energia cortadas devido ao atraso do salário. Além disso, precisa tomar medicamentos e não tem dinheiro para comprar.
O executivo estadual informou que o pagamento da terceira parcela será feito decorrer desta terça-feira para todo o funcionalismo. A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a Secretaria de Estado de Fazendo solicitando posicionamento sobre o pagamento de hoje e qual será a escala do próximo mês e aguarda posicionamento.