O assunto sobre barragens está à tona em todo país com os episódios de rompimentos em Brumadinho e Mariana, além de riscos de rompimentos em outras barragens na Grande BH. Devido a essas situações, o alerta também surgiu em Juiz de Fora.
Na cidade há duas barragens de rejeitos, que pertencem a Nexa Resources, localizadas na região do Bairro Igrejinha: dos Peixes (inativa) e a da Pedra.
Nesta quinta-feira, 21, a empresa convidou a imprensa para conhecer e entender as estruturas.
Inativa desde 2006, a barragem dos Peixes foi construída em 1998 e tem a capacidade de 870 mil m³ e altura de 23,5m. Hoje, somente serve para canalizar água da chuva para depois ser catalisada. Além disso, a estrutura está em processo de descomissionamento.
Em funcionamento desde 2006, a barragem da Pedra (ativa) recebe rejeitos de jarosita, que vem da produção de lingote de zinco, e tem capacidade de 1,55 milhões m³ e 25 metros de altura. Porém, a metalúrgica está em processo de expansão dessa barragem, o que alertou e deixou receosos os cerca de 4 mil moradores da região. Com a obra, a barragem terá 35 m de altura e capacidade de armazenamento de 3 milhões e 290 mil m³. A obra deve ser finalizada neste ano.
De acordo com a empresa, a obra teve autorizações dos órgãos ambientais, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
O gerente geral da Nexa de Juiz de Fora, José Maximino, explica que a barragem foi construída no formato de eixo central, de maciço único e com tripla impermeabilização. Formato diferente do estilo de alteamento a montante. Ele ressalta que inspeções são feitas constantemente.
Sobre a questão de segurança, de acordo com Maximino, a empresa tem plano de atendimento à emergência e está preparada para qualquer eventualidade.
O gerente ressaltou ainda que as melhorias na segurança e funcionamento foram adotadas no decorrer dos anos e, principalmente, após o episódio de Mariana.
Foto: Joubertt Telles