Polícia Civil prende pai por agressão que pode ter causado morte de bebê em Juiz de Fora

A Polícia Civil de Juiz de Fora anunciou uma reviravolta no caso do bebê de 7 meses que chegou morto ao Hospital Geral Maternidade Therezinha de Jesus neste domingo (16).

De acordo com a titular da Delegacia Especializada de Investigação em Homicídios, Camilla Miller, o pai do bebê, de 27 anos, confessou em depoimento nesta segunda-feira (17), que bateu no filho e terá a prisão em flagrante ratificada.

Ele ainda estava sendo ouvido na Delegacia e, ao final do procedimento, será encaminhado ao sistema prisional. Conforme a delegada, não há indícios de que a mãe, de 23 anos, tenha participado da agressão. Por isso, ela foi liberada após prestar depoimento.

O corpo do bebê foi liberado do posto médico legal, foi velado e sepultado no Cemitério Municipal.

Ouça a reportagem de Joubertt Telles.

Agressão levou a óbito, segundo investigação

Em entrevista à Itatiaia, a titular da Delegacia Especializada de Investigação em Homicídios, Camilla Miller, explicou que a investigação começou com o depoimento da mãe, conduzida à Delegacia após relatar que o bebê sofreu uma queda no sábado (16). No entanto, o laudo de necrópsia e a sequência da apuração trouxeram detalhes que levaram ao pai.

“A gente já tinha uma vertente de investigação direcionada para a mãe, que relatou que só ela ficou com o bebê. Depois de ir ao IML, conversar com a médica legista, entrevistar testemunhas e os pais da criança, E as lesões apresentadas no laudo de necropsia são incompatíveis com a queda que a mãe tinha relatado que o bebê teve no sábado (16)”.

Durante o depoimento, o pai contou sobre a agressão e os motivos de ter batido no filho.

“Ele disse que deu um tapa, que apertou. Afirmou que estava irritado, que o menino chorou muitas vezes, que tentou acalmar e o neném voltava a chorar. E ele afirma que deu um tapa e apertou, mas tudo leva a crer que a criança foi agredida e em função desta agressão veio a óbito. Para a Polícia Civil, agora, essa informação é suficiente para prendê-lo”.

Segundo a delegada, a partir do apurado até o momento, foi confirmada a queda do bebê durante o banho, mas a agressão ocorreu depois.

“A mãe afirma que ele caiu no sábado, da banheira, quando ela dava banho, E ela afirma que ele dormiu bem de sábado para domingo. E no domingo, ele só deu entrada no hospital às 15h, depois que saiu uma secreção do nariz. E ele já chegou no hospital sem vida, Então, provavelmente, o bebê foi agredido pela manhã”

Ainda conforme Camilla Miller, a agressão ocorreu em um momento que a mãe não estava perto. “A mãe estava ausente de casa na manhã de domingo. Por isso, só o pai estava com o bebê e é o motivo pelo qual apenas ele vai ser preso”

A titular da Delegacia Especializada de Investigação em Homicídios, Camilla Miller, explicou que ainda serão ouvidos depoimentos de uma médica e de familiares, para fechar o inquérito e remeter para a justiça.