Paris 2024: em prova com recorde olímpico, Luiz Maurício iguala a melhor marca do Brasil no lançamento do dardo

O juiz-forano Luiz Maurício Dias da Silva escreveu o nome na história olímpica ao representar o Brasil na final do lançamento com dardo nos Jogos de Paris 2024. Na primeira participação em Olimpíadas, ele alcançou 80.67m no melhor lançamento e terminou em 11º lugar na prova disputada no Stade de France.

Este foi o resultado alcançado por Heitor Medina, em Los Angeles-1932, na primeira – e até então – única vez que o Brasil teve um atleta na final da modalidade.

A decisão foi vencida pelo paquistanês Arshad Nadeem, que lançou 92,97 metros, novo recorde olímpico, superando o favorito e campeão em Tóquio-2020, Neeraj Chopra, da Índia. Em terceiro, completando o pódio, Anderson Peters, de Granada.

Luiz Maurício: “Orgulho que não cabe no peito”, diz CBAt

Os 80.67 metros foram obtidos na primeira tentativa e deixaram Luiz Maurício em 5º lugar ao final da primeira rodada. Na segunda, ele não melhorou a marca, conseguindo 78,67 metros e caindo para o 10º lugar. Na terceira tentativa, Luiz Maurício pisou na linha limite para lançamento e queimou.

Luiz Maurício ficou abaixo da melhor marca da vida, os 85,91 metros registrados na semifinal olímpica e que é o novo recorde sul-americano. O resultado do atleta do Praia Clube e do Exército Brasileiro foi comemorado pela Confederação Brasileira de Atletismo nas redes sociais: “Orgulho que não cabe no peito!”

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Cada lançador teve seis tentativas e o melhor resultado definiria o posicionamento na tabela.  No entanto, após as três primeiras, apenas os oito melhores avançaram à decisão dos medalhistas. Além de Luiz Maurício, não avançaram os finlandeses Oliver Helander, Toni Keranen; e Andrian Mardare, da Moldávia

Rivalidade na briga pelo Ouro

Os atletas de dois países vizinhos disputaram o ouro.  O indiano Neeraj Chopra, apontado como favorito, e Arshad Nadeem, do Paquistão, começaram da mesma forma: queimando o lançamento.

Na segunda rodada, o paquistanês alcançou 92,97 metros, a melhor marca da vida e derrubou o recorde olímpico de 90.57 metros, estabelecido por Andreas Thorkildsen em Pequim-2008. Depois fez 88.72

O favorito era o indiano Neeraj Chopra, que queimou quatro dos seis lançamentos. Na segunda chance ele alcançou 86,45m, a melhor marca dele na temporada.

Nos três arremessos, os dois rivais eram os últimos a lançar. No entanto, não houve alteração nas marcas alcançadas e o paquistanês se sagrou campeão olímpico.

Bronze decidido nos centímetros

Pelo terceiro lugar no pódio houve um confronto direto entre o lançador de Granada, Anderson Peters e o da República Tcheca, Jakub Vadlejch, que perdeu a medalha de bronze por 4 centímetros.

Ele marcou 88,50 no terceiro lançamento, mas foi superado na rodada seguinte quando Peters conseguiu 88,54.