MP acusa ex-presidente da Santa Casa de Misericórdia de JF de desviar dinheiro da instituição para viagens internacionais e pagamento de multas

O ex-presidente da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, o médico Renato Loures, está sendo acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de utilizar dinheiro da instituição para pagamento de viagem internacional da esposa e de pagar multas particulares de trânsito.

Em informação repassada à Itatiaia, a Promotoria de Justiça e Defesa do Patrimônio Público informou que foi proposta Ação de Improbidade Administrativa pelo pagamento de multas e ressarcimento de viagens.

Ainda segundo a nota, as despesas de viagens, envolvendo passagens, hospedagens e restaurantes, somam R$ 63.278,57, de 2014 até 2023, quando o médico foi afastado da administração da Santa Casa de Misericórdia. Já as multas foram pagas de 2013 a 2023 e somaram mais de R$ 800. 

Posicionamentos

A defesa de Renato Loures se posicionou, informando que “As imputações lançadas pelo Ministério Público, assim como os pedidos condenatórios consignados na ação não procedem, conforme ficará demonstrado na forma e momento processualmente adequados.”

A assessoria de comunicação da Santa Casa de Misericórdia informou à Itatiaia que não vai se posicionar, já que a instituição não é ré no processo. 

“No Mercy”

Renato Loures está afastado da presidência da Santa Casa de Misericórdia desde junho do ano passado, após a Operação No Mercy. O Ministério Público investiga desvio de cerca de 8,5 milhões de reais da Santa Casa de Misericórdia, em uma esquema que também favorecia a filha e o genro de Renato.