Matteus, do BBB 24, tem fala polêmica após denúncia de fraude: ‘Maldade’

Após o Instituto Federal de Farroupilha (IFFar) confirmar que Matteus, do BBB 24, entrou no curso de Engenharia Agrícola usando a cota para pessoas pretas, o influenciador resolveu se pronunciar. Em um evento no município de Alegrete, no Rio Grande do Sul, ele afirmou que as denúncias de fraude foram motivados por ‘maldade’ de outras pessoas.

Anteriormente, em outra declaração, o ex BBB 24, já tinha afirmado que não foi ele quem fez a matrícula na universidade. “A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio. Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil”, disse.

“Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção”, acrescentou.

Ele continuou: “Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso contínuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido.”

Investigação

O Instituto Federal de Farroupilha instaurou um processo administrativo interno para investigar o ingresso de Matteus na faculdade de Engenharia Agrícola em 2014. Conforme a nota divulgada pelo IFFar, a instituição disse que o objetivo é “identificar as situações que envolvem a participação dele no certame”.

Em nota ao G1, o IFFar informou que de acordo com a Lei de Cotas de 2012, o único documento exigido para a inscrição nas cotas era a autodeclaração do candidato. “Assim como em outras instituições federais de ensino, não havia mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato. Os editais, contudo, continham a informação de que, ‘a constatação de qualquer tipo de fraude na realização do processo sujeita o candidato à perda da vaga e às penalidades da Lei, em qualquer época, mesmo após a matrícula’”.

A instituição ressaltou ainda que quando recebia a denúncia, era aberto um processo administrativo normal que assegurava ampla defesa de todas as partes. Apesar disso, “nenhuma denúncia desse tipo foi feita na época”.