Maluco beleza: 30 anos sem Raul Seixas

Na manhã do dia 21 de agosto, o baiano Raul Seixas foi encontrado morto sobre a cama, por volta de 8h em seu apartamento em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca. O alcoolismo, agravado pelo fato de ser diabético, e por não ter tomado insulina na noite anterior, causaram-lhe uma pancreatite aguda fulminante.

Raul foi velado pelo resto do dia no Palácio das Convenções do Anhembi.

No dia seguinte seu corpo foi levado por via aérea até Salvador e sepultado, no Cemitério Jardim da Saudade.

Último disco

As 50 apresentações pelo Brasil resultaram naquele que seria o último disco lançado em vida por Raul Seixas. O disco foi intitulado de A Panela do Diabo, que foi lançado pela Warner Music Brasil no dia 22 de agosto de 1989.

O LP ‘A Panela do Diabo’ vendeu 150.000 cópias, rendendo a Raul um disco de ouro póstumo, entregue a sua família e também a Marcelo Nova, tornando-se assim um dos discos de maior sucesso de sua carreira.

Raulzito

Raul Seixas foi um cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista brasileiro, considerado um dos pioneiros do rock brasileiro.

Seu álbum de estreia, Raulzito e os Panteras (1968), foi produzido quando ele integrava o grupo Raulzito e os Panteras, mas só ganhou notoriedade crítica e de público com as músicas de Krig-ha, Bandolo! (1973), como “Ouro de Tolo”, “Mosca na Sopa”, “Metamorfose Ambulante”. Raul Seixas adquiriu um estilo musical que o creditou de “contestador e místico”. Isso se deve aos ideais que vindicou, como a Sociedade Alternativa apresentada em Gita (1974), influenciado por figuras como o ocultista britânico Aleister Crowley.

Raul também foi produtor musical da CBS, durante sua estada no Rio de Janeiro.

A sua obra musical é composta por 17 discos lançados em seus 26 anos de carreira.

O seu estilo musical é classificado como rock e baião, e de fato conseguiu unir ambos os gêneros em músicas como “Let me Sing, Let me Sing”.

Cássia Cristina / Itatiaia

Fonte: Wikipedia