Jardim Botânico UFJF: Horário e dia de funcionamento em JF

Jardim Botânico UFJF de Juiz de Fora foi inaugurado nesta sexta-feira, 12, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Com cerca de 82 hectares de área preservada, o local representa um dos últimos refúgios de Floresta Atlântica, em meio à área urbana, na Mata do Krambeck.

O Jardim Botânico abriga mais de 500 espécies vegetais, entre plantas nativas, populações raras ou em extinção. Nesta sexta-feira, pela manhã, o local foi aberto para convidados e para a imprensa.

Jardim Botânico UFJF. Foto: Marcos Alfredo
Jardim Botânico UFJF. Foto: Marcos Alfredo
Local

O local tem entrada gratuita e está aberto ao público.

No roteiro, acesso livre a trilhas; roteiros de visitação; lagos com decks; galerias de arte; bromeliário e orquidário com coleções botânicas.

Jardim Botânico UFJF. Foto: Marcos Alfredo
Jardim Botânico UFJF. Foto: Marcos Alfredo

Em evento fechado de inauguração, o reitor Marcus David falou sobre a função social do Jardim Botânico.

reitor da UFJF Marcus David

Do projeto original, ainda falta a implantação do trenó de montanha e do teleférico.

Além de enfrentar problemas judiciais com a prestadora de serviços, o reitor explicou que não há recursos financeiros disponíveis para a implantação, que ficaria em torno de R$ 15 milhões. Ainda segundo a reitoria, o custo para manutenção do Jardim Botânico é de R$ 2 milhões por ano.

Inauguração do Jardim Botânico UFJF. Foto: Marcos Alfredo

O diretor do Jardim Botânico, professor Gustavo Soldati, esclarece que o foco é a Educação Ambiental.

Inauguração

A solenidade de inauguração reuniu centenas de pessoas e uma série de autoridades. Entre elas, o prefeito Antônio Almas, que enalteceu a proximidade entre o Executivo e a universidade, e o deputado federal Júlio Delgado. O parlamentar lembrou que, no passado, o local chegou a ser autorizado para a construção de um condomínio e que a inauguração de hoje é um dos feitos mais importantes de Juiz de Fora nos últimos 30 anos.

deputado federal Júlio Delgado
Solenidade de inauguração do Jardim Botânico UFJF. Foto: Marcos Alfredo

Horário e dia de funcionamento

(fonte: UFJF)

Horário de visitação do Jardim Botânico UFJF

ABERTO:

  • De terça a sexta e aos domingos, das 8h às 17h, com última entrada de visitantes às 16h30.
  • Fechado às segundas e sábados.
  • Somente grupos escolares precisam agendar visita.

Nos feriados seguintes, não haverá funcionamento, seguindo o calendário acadêmico da UFJF:

FECHADO:

  • 18 (quinta) e 19 (sexta) de abril: Semana Santa (aberto no sábado, 20 e domingo, 21
  • 1º de maio: Dia do Trabalhador
  • 13 a 16 de junho: Dia de Santo Antônio (feriado municipal) e recesso
  • 20 a 23 de junho: Corpus Christi

Entrada gratuita

Limite de entrada
Entre as medidas de preservação e conservação do Jardim Botânico, que é um remanescente de Mata Atlântica, foi estabelecido limite de presença simultânea de cem visitantes no Jardim, além dos grupos escolares. Ou seja, quando o total de cem pessoas for alcançado, será necessário esperar até que visitantes saiam para que novos possam entrar. Não há restrição de tempo de permanência.

Visitação escolar

  • Horários e vagas

As visitas escolares ocorrem de terça a sexta, das 8h às 11h e das 13h às 16h. É possível escolher um ou dois turnos.

Para agendar visita escolar, clique aqui

Para cada turno, são abertas 45 vagas para estudantes e 5 para professores ou acompanhantes da escola. Para melhor andamento e segurança da visitação, a Equipe de Educação Ambiental sugere que professores e acompanhantes façam a visita junto dos grupos.

Orientações gerais


Por estar localizado em meio à mata e para que sua visita ocorra de acordo com as premissas sustentáveis do Jardim Botânico, leia, por favor, as recomendações para visitação.

Como chegar
O acesso ao Jardim Botânico é exclusivo pela Rua Coronel Almeida Novais 246, no Bairro Santa Terezinha. A área está localizada em meio à Mata do Krambeck, um remanescente de Mata Atlântica. Recomenda-se a utilização do transporte público. Não há estacionamento no Jardim Botânico. E todo o percurso interno é realizado a pé.

Acesso de ônibus
Duas linhas de ônibus urbanos param próximo da entrada do Jardim Botânico: são a 111 e a 112 – Santa Terezinha/Mundo Novo. Pare no ponto final da linha. Consulte o itinerário dos ônibus ou baixe o aplicativo Citta Mobi, conveniado à Prefeitura de Juiz de Fora.

Acesso de carro
Para quem vem do Centro ou da Zona Norte, pela Avenida Brasil ou ponte do Bairro Santa Terezinha, entre no bairro pela Rua Rui Barbosa. Vire na quarta à esquerda, entrando na Rua Santa Terezinha. Siga por ela até o fim e vire à direita, na continuidade com a Rua Coronel Almeida Novais.

A entrada do fica perto da esquina.

A Direção do Jardim Botânico reitera o uso de transporte público e a ausência de estacionamento próprio no local.

Acessibilidade
A acessibilidade no Jardim, por enquanto, é reduzida. O caminho principal e as trilhas são de terra, naturais. Em períodos de chuva, há poças d’água e pode haver lama. Uma das vias que levam à casa-sede é de paralelepípedo irregular (pé de moleque).

O que visitar

Consulte as opções de visita abaixo:

A visitação do Jardim Botânico é sugerida em cinco roteiros temáticos, compostos por “pontos” distribuídos pelos caminhos das áreas de visita e que, juntos, versam sobre um tema. Há também a possibilidade de preferir uma visita menos estruturada, livremente, sem seguir algum desses temas. Veja abaixo a descrição dos roteiros.
 

Os grandes grupos vegetais

  • Com foco nos grupos vegetais, esse roteiro busca apresentar e analisar a diversidade do jardim. Os pontos de visitação destacam as características morfológicas, ecológicas e evolutivas, além da importância econômica das espécies presentes no percurso. Assim, este roteiro estabelece um diálogo direto com os temas lecionados nas escolas, funcionando como um instrumento complementar de ensino aos professores.
  • Sugestão etária: a partir de 12 anos.
  • Tempo estimado: uma hora.

Diversidade vegetal e etnobotânica

  • Esse roteiro explora a diversidade vegetal e os saberes populares associados a tais recursos. Para além dos nomes científicos e populares das espécies, o roteiro enfoca principalmente os saberes indígenas, quilombolas, campesinos e tradicionais. Além disso, os pontos de visitação desmistificam os saberes “não acadêmicos” como sendo inferiores.
  • Sugestão etária: livre.
  • Tempo estimado: três horas.

Processos e relações ecológicas 

  • A diversidade vegetal não é algo estático, pelo contrário, as espécies se relacionam de diferentes maneiras. O roteiro explora as relações entre as espécies como uma constante alteração, revelando processos intrigantes como o mutualismo, o parasitismo e a competição.
  • Sugestão etária: a partir de 10 anos.
  • Tempo estimado: duas horas.

Socioambientalismo

  • Com foco crítico nas questões históricas, políticas e econômicas da relação entre sociedade e natureza, o roteiro propõe um debate relacionado aos conceitos e estruturas sobre o meio ambiente. Nas discussões propostas, que buscam desmistificar discursos hegemônicos, temas como as reais causas da perda da biodiversidade e a importância da agricultura familiar.
  • Sugestão etária: a partir de 12 anos.
  • Tempo estimado: três horas.   

Mitos, heroínas e heróis brasileiros

  • Como uma forma de resgate e valorização da cultura nacional, o roteiro foca nos mitos, heroínas e heróis populares da nossa história. Para além de relatos ou causos, há a preocupação de discutir temas fundamentais a uma sociedade mais justa, respeitosa e igualitária, como feminismo, racismo e etnocídio.
  • Sugestão etária: livre.
  • Tempo estimado: à escolha do visitante.

Roteiro livre

  • Neste roteiro, os monitores do Jardim Botânico guiam o grupo de visitantes em percurso não definido, atendendo suas possíveis expectativas que surgirem com a interação com os elementos do local. Total de pontos: 10.
  • Sugestão etária: livre.
  • Tempo estimado: à escolha do visitante

Trilha da Juçara

Que tal ter contato ainda mais imersivo na natureza? Uma trilha percorre o interior do fragmento florestal. Devido à abundância de palmitos, foi batizada como “Trilha da Juçara”. O caminho é cheio de atrações que despertam o olhar do visitante desde outra perspectiva.

Devido à dificuldade do trajeto, está, infelizmente, condicionada à pessoas sem problemas de mobilidade. A trilha está localizada entre o lago superior, principal, e o Centro de Pesquisa. Ela atravessa a floresta, portanto, possui riscos inerentes a esta atividade, como acidentes com  animais peçonhentos e queda de galhos. Ao optar pela trilha da Juçara, o visitante deve estar ciente e assumir os riscos.

Portanto, consulte os horários de visitação e o limite de participantes em cada um deles.

Bromeliário e Orquidário

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 (Foto: Twin Alvarenga/UFJF)

Localizados próximo ao lago principal, o bromeliário e o orquidário são espaços de preservação e exibição de espécies de orquídeas e bromélias.

Com grande valor ornamental e flores que podem ser vistas durante o ano todo, a área coberta possui espécies que apresentam uma ampla variedade de cores e aspectos, o que garante aos visitantes um valor estético único.

A família de bromélias (Bromeliaceae) é uma das mais abrangentes no Jardim.

Casa sede – galerias de arte

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(Foto: Gabriela Maciel/UFJF)

Laboratório Casa Sustentável

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 (Foto: Maria Otávia Rezende/UFJF)

Projeto desenvolvido pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF, cujo objetivo é promover a conscientização do público sobre princípios de sustentabilidade e técnicas e estratégias construtivas de arquitetura bioclimática, conforto ambiental e eficiência energética. Na Casa, visitantes poderão vivenciar a experiência de uma moradia ecológica e perceber como diferentes usos de materiais e posicionamento de estruturas, como janelas e portas, influenciam, por exemplo, na sensação de calor e de luminosidade.

A arquitetura bioclimática consiste na concepção de um edifício considerando o clima local e a configuração física onde ele está inserido, otimizando o conforto ambiental  – térmico, luminoso, acústico – por meios naturais. As ecotécnicas são definidas como o conjunto de intervenções tecnológicas no ambiente construído, baseando-se na compreensão dos processos naturais e tendo como foco a resolução de problemas com uso eficiente dos recursos e o menor consumo energético.

Sendo assim, propõe-se a harmonização das construções com o meio ambiente, possibilitando conforto, em harmonia com a natureza. Quando os princípios bioclimáticos são aliados aos aspectos socioculturais e econômicos promove-se a condição para um projeto mais sustentável.

Reconhecendo os impactos da construção civil sobre o meio ambiente, o Laboratório assume um compromisso social de sensibilização sobre a aplicabilidade desse tipo de arquitetura em futuras construções, sendo assim uma ferramenta multiplicadora desse conhecimento.

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(Foto: Gabriela Maciel/UFJF)

Por meio de adoção de estratégias que estimulem a percepção dos visitantes, no decorrer de um percurso lúdico por ambientes similares aos de uma casa, o visitante poderá observar como as técnicas foram empregadas e seus efeitos. O percurso foi projetado inicialmente com base nas premissas da acessibilidade motora e permite ao visitante experenciar os seguintes ambientes com aplicações das seguintes ecotécnicas:


Recepção


Explora principalmente as técnicas de Parede Trombe, Parede vegetalizada, Ventilação Cruzada (janela/cobertura) e Iluminação Natural.

Quarto Conveniente
Demonstra características negativas frequentes em projetos habitacionais, como laje descoberta, piso inadequado, bem como, orientação da janela sem preocupação com a trajetória solar. Tais características tornam o ambiente muito frio no inverno e quente no verão, permitindo ao visitante perceber os resultados de uma arquitetura mal planejada.

Quarto Eficiente
Boa orientação solar da janela, proteção solar da janela com venezianas externas, aquecimento do ambiente por sistema de aquecimento solar do ar, cobertura ventilada e em telha cerâmica.

Sala de Estar
Ambiente com varanda que se configura como um espaço de transição térmica através das técnicas de ventilação cruzada para o verão e varanda estufa para o inverno.

Escritório
Espaço onde são utilizadas técnicas que garantem um maior conforto luminoso e térmico do ambiente. Foi explorado um hibridismo através de ventilação natural cruzada associada à ventilação mecânica. Em relação a iluminação natural foi adotado a prateleira de luz para melhor distribuição da luminosidade bem como, iluminação artificial otimizada através do controle do usuário.

Cozinha e Banheiro
Os ambientes exploram o uso de sistemas e equipamentos eficientes, técnicas de aquecimento solar da água, jardineira com horta, cobertura vegetalizada, captação e aproveitamento da água da chuva. 

Vídeo institucional do Jardim Botânico em Juiz de Fora. Créditos: UFJF

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