Insegurança toma conta de comerciantes e frequentadores da Praça da Estação

Delitos aumentaram após saída da 30ª CIA da Polícia Militar.

Comerciantes e população, em geral, que passam pela Praça da Estação e nas imediações, sentem a falta de segurança após a saída da 30ª CIA da Polícia Militar (PM), que ocorreu em dezembro de 2017.

Agora, a unidade funciona no 2º Batalhão da Polícia Militar, no Bairro Santa Terezinha. O motivo da saída é porque a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por questões financeiras, ficou inviabilizada de manter o aluguel do imóvel.

Fato não ocorrido há 131 anos, aconteceu no último dia 30 de março. Furtaram a placa de bronze do Hotel Renascença, que funciona na Praça da Estação desde 1887. Para o proprietário Eliseu Pereira do Vale, o sentimento é de revolta. “É um absurdo, uma sensação de insegurança total. Um hotel centenário, o segundo mais antigo de Minas, onde várias celebridades já se hospedaram, um prédio histórico  e vândalos roubam a placa a placa centenária do hotel”, lamenta  Eliseu.

No mesmo dia, uma obra de revitalização em edificação na esquina da Rua Halfeld com a praça foi alvo de assalto. Criminosos levaram 51 rolos de fios de cobre, avaliados em torno de R$ 5 mil, e ferramentas. O sócio da Construtora Ferreira Santos, Geraldo de Matos disse que não é a primeira vez que assaltaram o local e leva agora os materiais para casa. “Fui duas vezes assaltado aqui, agora eu levo tudo para casa e depois retorno com o material”, finaliza.

Marcos Alfredo foi ao local para saber a opinião de quem frequenta a localidade. Ele conversou com o proprietário de uma loja de venda de frangos, Sérgio Zambelli, que afirma ter aumentado bastante os delitos. Também, a comerciante Sonia enfatiza que os problemas com criminalidades retornaram assim que a PM saiu da praça. Já o taxista Joaquim relata que já teve auxílio da PM, quando um passageiro era suspeito e este foi abordado pelos policiais.

Retorno à Praça.

O comandante da 30ª Cia, capitão Alexandre Barbosa explica que foram oferecidos três imóveis no Centro pela PJF, porém os locais não comportariam a unidade. Segundo o capitão, não há previsão de volta. Em relação ao policiamento na região, é realizado a pé e motorizado. E a base móvel é remanejada para atender em vários pontos da cidade.

A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a Prefeitura para saber o posicionamento mas não se pronunciou até o fechamento desta edição.

Confira o áudio da reportagem na íntegra.

Foto: Marcos Alfredo