Atentado contra Bolsonaro: Ministério Público Federal denuncia Adélio Bispo

Motivação política.

O Ministério Público Federal de Minas Gerais (MPF-MG) denunciou Adélio Bispo de Oliveira por praticar atentado pessoal por inconformismo político, contra o candidato Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora.

Segundo a denúncia, o objetivo de Adélio era o de excluir a vítima da disputa eleitoral.

Nos depoimentos, Adélio revelou que a ideia de atentar contra a vida do candidato surgiu quando soube, pelos jornais, que Jair Bolsonaro viria a Juiz de Fora.

Mas, segundo a investigação, em julho de 2018, o acusado cadastrou-se em um clube de tiro em Florianópolis (SC), onde praticou tiro, justamente no dia em que um dos filhos de Jair Bolsonaro chegou àquela cidade para participar de um treinamento no mesmo clube.

O celular do denunciado também continha foto de um outdoor com a data da vinda de Bolsonaro a Juiz de Fora, além de ele ter estudado a agenda do candidato na cidade, percorrendo, antecipadamente, os locais em que haveria atos de campanha. Nesses locais, Adélio tirou fotos e fez vídeos, com o objetivo de planejar a execução do atentado.

Para o MPF, está clara a motivação política do ato de Adélio, pois seu histórico de militância demonstra que já tinha sido filiado a partido político por sete anos, período em que tentou sair candidato a deputado federal. Em suas postagens nas redes sociais, ele qualificava políticos como “inúteis” e pedia a renúncia do atual presidente da República, dentre outras postagens formuladas em tom de protesto, em particular contra Bolsonar.

Se for condenado, Adélio Bispo de Oliveira estará sujeito a pena de 3 a 10 anos de reclusão, aumentada até o dobro, em razão da lesão corporal grave.