A vacina contra o HPV faz parte do Programa Nacional de Imunização (PNI) e está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017. De acordo com a Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais, apenas 35,67% dos meninos com idades entre 9 e 14 anos receberam as duas doses da vacina de 2017 até 2022. A cobertura vacinal das duas doses em meninas atingiu 69,5% no mesmo período.
A coordenadora estadual do programa de imunizações da Secretaria de Saúde de Minas, Josiane Gusmão, alerta que a vacina está disponível nas unidades de saúde de graça e destaca a importância do imunizante que pode evitar as formas mais graves da doença. ‘A vacina atua contra os tipos de HPV mais frequentes 6,11,16 e 18. Esses, são responsáveis pelo câncer de colo de útero, vagina, vulva, ânus e pênis. E também pelo aparecimento de verrugas genitais’, explica.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de colo de útero é o quarto tipo da doença mais frequente em mulheres em todo o mundo. No Brasil, mais de 6 mil mulheres morrem todos os anos em decorrência deste tipo de câncer.
De acordo com Josiane Gusmão, além das crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, outros grupos prioritários também podem se vacinar contra o HPV. Pessoas de 9 a 45 anos de idade que vivem com HIV Aids, transplantados, pacientes oncológicos e pessoas vítimas de violência sexual (homens ou mulheres de 9 a 45 anos que não se vacinaram).
O que é o HPV
Segundo o Ministério da Saúde, o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), é responsável pela doença sexualmente transmissível mais frequente no mundo. Está associado ao desenvolvimento dos canceres de colo de útero, e outros tumores em homens e mulheres. Além disso, provoca verrugas na região genital e no ânus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
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