Caso Rafaela Drumond: ação contra delegado vai para Juizado Especial; investigador é inocentado

O Fórum da Comarca de Carandaí, no Campo das Vertentes, decidiu transferir para o Juizado Especial Criminal as acusações contra o delegado Itamar Cláudio Netto no caso que envolve a morte da escrivã Rafaela Drumond, da Polícia Civil. Na mesma decisão, a Justiça inocentou o investigador Celso Trindade de Andrade, que também era citado.

A escrivã Rafaela Drumond, de 31 anos, foi encontrada morta pelos pais no dia 9 de junho, na casa da família em um distrito de Antônio Carlos, no Campo das Vertentes. O caso foi registrado pela Polícia Civil como suicídio.

Na denúncia apresentada pelo Ministério Público, o delegado Itamar Cláudio Neto foi citado por condescendência criminosa, que é quando o chefe de uma repartição pública deixa de aplicar a punição legal para a infração de um funcionário ou não leva a questão a conhecimento da autoridade competente. O MP também havia aceitado a decisão da Polícia Civil de não denunciar o investigador Celso Trindade de Andrade por injúria, já que o prazo para entrar com uma ação já teria passado.

A decisão da Justiça atende os pedidos do Ministério Público. Dessa forma, o inquérito contra Celso Trindade foi arquivado e o investigador passa a ser considerado inocente.

Já a acusação contra o delegado Itamar Cláudio Netto será analisada pelo Juizado Especial Criminal, responsável por “infrações de menor potencial ofensivo”. O inquérito foi transferido após a Comarca de Carandaí alegar que não tem competência para analisar o caso. Itamar não se torna réu com essa decisão.

Policiais transferidos

delegado Itamar Cláudio Netto e o investigador Celso Trindade de Andrade, superiores de Rafaela na Delegacia de Carandaí, foram transferidos para Conselheiro Lafaiete menos de 15 dias após a morte da escrivã. No dia 12 de julho, nova transferência: Itamar foi para Belo Vale, enquanto Celso foi para Congonhas.

Cerca de seis dias depois, Celso Trindade de Andrade acabou entrando em licença médica cerca de 60 dias depois. O advogado de Celso já chegou a falar que as gravações que circulam nas redes sociais e que mostram xingamentos à Rafaela trazem sim a voz de Celso, mas que o áudio foi “tirado de contexto”.

Caso Rafaela Drumond