Bolsonaro critica eleição de Fernández para presidente da Argentina

Nos Emirados Árabes, Bolsonaro criticou a escolha de Alberto Fernandes para a presidência da Argentina.

Eleições na Argentina

O peronista Alberto Fernández foi eleito neste domingo, 27, presidente da Argentina, tendo como vice Cristina Kirchner, mentora da chapa que devolve o poder à esquerda após quatro anos.

Segundo projeção com base nos números oficiais, com 90% dos votos apurados, Fernández obtinha 47,8% dos votos, suficiente para ser eleito em primeiro turno. Macri alcançava 40,7%.

Em discurso realizado às 22h25 do domingo, Macri reconheceu a derrota. “Vamos seguir trabalhando juntos pelos argentinos”, disse. “Felicitei Fernández e o convidei para uma transição ordenada.”

Um dos planos de Fernández para estancar a crise econômica é congelar os preços por 180 dias e garantir um aumento salarial de emergência – a inflação acumulada no último ano está perto de 60%.

A eleição garante a Cristina uma cadeira no Senado, o que também assegura a ela imunidade parlamentar. A ex-presidente enfrenta uma série de acusações de corrupção.

O partido de Macri manteve o controle da capital, com a reeleição de Horacio Rodríguez Larreta. Na Província de Buenos Aires, o vencedor foi Axel Kicillof, que foi ministro da Economia de Cristina Kirchner. Os argentinos renovaram ainda 130 dos 257 deputados e 24 dos 72 senadores.

Fernández

De baixo perfil e há anos afastado da política ativa, Fernández se tornou a surpresa da campanha eleitoral da Argentina. Peronista moderado e pragmático, chegou à presidência alavancado pela ex-presidente e companheira de chapa, Cristina Kirchner.

Advogado de 60 anos, ele chegou às eleições como franco favorito depois de obter 47% dos votos nas primárias de agosto, apoiado por uma oposição peronista unificada. Um resultado surpreendente para alguém que disputou uma eleição popular apenas uma vez, em 2000, nas legislativas da cidade de Buenos Aires.