A audiência de instrução – do caso do tiroteio entre policiais civis de MG e SP, ocorrido em outubro do ano passado, no estacionamento do Hospital Monte Sinai, deixando dois mortos – foi interrompida no final da noite desta quinta-feira, 11, em Juiz de Fora.
Segundo informações obtidas pela Itatiaia, a audiência foi remarcada para o dia 2 de agosto de 2019.
Nossa reportagem conseguiu conversar com a primeira testemunha a depor, o delegado do Núcleo de Acervo Cartográfico da Polícia Civil, Samuel Neri.
Ele disse que passava pelo local quando deparou com o fato. O delegado relata que foi uma das ocorrências mais difíceis que já deparou.
O advogado Fabiano Lopes, que faz a defesa do policial civil Rafael Ramos dos Santos, alegou que foi pedido o relaxamento da prisão dos envolvidos, os policiais mineiros, sendo negado.
Com isso, eles continuam presos.
De acordo com apuração, a audiência integrou, além de Rafael, os policiais civis Leonardo Soares Siqueira e Marcelo Matolla de Rezende, além de dois empresários, um advogado e testemunhas.
Como o caso corre em segredo de justiça, não conseguimos ouvir o outro lado. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), após a audiência, o juiz poderá abrir prazos para as alegações finais.
Em dezembro de 2018, o Ministério Público denunciou 19 pessoas. Alguns do grupo mineiro foram denunciados por latrocínio, participação em organização criminosa com emprego de arma de fogo, estelionato e lavagem de dinheiro, além de fraude processual.
Como a Itatiaia já informou, o tiroteio ocorreu após desacerto entres os envolvidos, depois que negociantes de São Paulo detectaram a falsidade do dinheiro, de acordo consta no documento da audiência de custódia.
Conforme o documento, todos tinham conhecimento de uma negociação que envolvia dinheiro. Foram apreendidos R$ 14 milhões, sendo falsa a grande maioria das cédulas.