Mais qualidade de vida: especialistas dão dicas de como lidar com a alergia

A alergia é uma das doenças mais comuns do mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas sofrem com asma, 250 milhões apresentam alergia alimentar, 400 milhões sofrem com rinite e 25% da população já desenvolveu alergia a algum tipo de medicamento.

De acordo com a médica Amanda Brioschi, alergista e imunologista adulto e infantil, as alergias são respostas exageradas do sistema imunológico a substâncias inofensivas, como ácaros, pelos de animais, alimentos e medicamentos.

Essas substâncias são chamadas de alérgenos. Quando uma pessoa alérgica entra em contato com um alérgeno, seu sistema imunológico reage desencadeando os sintomas das reações alérgicas.

A especialista detalha que existem vários tipos de alergias:

  • Alergias respiratórias: como a rinite alérgica e asma alérgica (alergia ao ácaro, pelos de animais, entre outros) que dão sintomas como espirros frequentes, coriza, congestão nasal, coceira no nariz, garganta ou olhos, tosse seca, falta de ar ou chiado no peito (em casos de asma);
  • Alergias alimentares: sendo as mais comuns a alimentos como leite, ovos, trigo, soja, peixes, amendoim, frutos do mar e que podem gerar sintomas como inchaços, lesões vermelhas na pele, coceira na pele, vômitos, sangue nas fezes, tosse e falta de ar;
  • Dermatite: é uma inflamação na pele que causa ressecamento, vermelhidão, coceira, descamação;
  • Alergias a medicamentos: como penicilina, aspirina, ibuprofeno, entre outros que pode dar desde inchaço de partes do corpo, manchas na pele até anafilaxia;
  • Alergias a insetos: reações alérgicas a picadas de insetos como abelhas, vespas, formigas e mosquitos.

Prevenção

Segundo Amanda Brioschi, existem várias medidas que podem ajudar na prevenção de alergias. “Depende do tipo específico de alérgeno causador. De maneira geral, é importante manter o ambiente livre de alérgenos, fazer uso de capas antiácaros em travesseiro e colchões, limpar regularmente a casa para evitar acúmulo de poeira, evitar o uso da vassoura e preferir aspirados de pó com filtro HEPA e pano úmido”, detalha.

Tratamento e imunoterapia

A médica destaca que, nos últimos anos, os tratamentos para alergia evoluíram e existem muitas opções para cuidar dos alérgicos e trazer mais qualidade de vida. “A escolha adequada para cada paciente vai depender da avaliação médica, do tipo de alergia e da gravidade dos sintomas apresentados. Pode variar desde medicamentos tópicos (pomadas, hidratantes, sprays nasais), a medicamentos orais (antialérgicos, corticoides) e medicamentos inalatórios (como as bombinhas)”.

“Nos casos graves de alergia o paciente precisa portar a caneta de adrenalina, medicação importada que é aplicada por ele próprio ou alguém próximo, e é capaz de salvar a vida até a chegada ao hospital. Existe também um tratamento específico para algumas doenças como a asma alérgica, rinite e conjuntivite alérgicas, dermatite atópica e picada de insetos que é a imunoterapia, popularmente conhecida como vacina de alergia”.

“A imunoterapia é o único tratamento capaz de mudar a história da alergia, através dela ensinamos o sistema imunológico do paciente a tolerar o que ele tem alergia com o intuito de reduzir os sintomas alérgicos, diminuir a necessidade de medicamentos antialérgicos e melhorara qualidade de vida. Além disso, hoje também temos os imunobiológicos, medicações revolucionárias, que são bem específicas e com pouquíssimos efeitos colaterais, e podem ser indicadas para o tratamento de doenças como urticária crônica, asma, alergia alimentar, dermatite atópica”, explica a médica Amanda Brioschi, alergista e imunologista adulto e infantil.