O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) foram diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tarde desta segunda-feira (12). Com isso, ambos estão aptos a tomar posse como presidente e vice-presidente da República no dia 1º de janeiro.
A cerimônia foi realizada na sede do TSE, em Brasília, e contou com diversas autoridades, dentre os ministros da Corte e de outros Tribunais, senadores, deputados, ministros e aliados.
O evento foi conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, o primeiro a ser chamado pelo cerimonial do TSE para compor a mesa de autoridades e que foi aplaudido de pé por alguns minutos por conta de sua atuação no comando da Corte Eleitoral durante o pleito deste ano.
Também fizeram parte da mesa, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL).
Lula foi conduzido ao palco pelo vice-presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski e pelo corregedor do Tribunal, Benedito Gonçalves. Ele foi aplaudido pela plateia que fez um coro de “boa tarde, presidente Lula”, que ficou conhecido durante vigília de militantes do PT na porta da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, nos 580 dias em que Lula esteve preso na capital paranaense. Lula e Alckmin receberam os diplomas das mãos de Alexandre de Moraes.
Em seu discurso, o petista disse que o diploma não era dele, mas “de uma parcela significativa do povo, que reconquistou o direito de viver em democracia nesse país. Vocês ganharam esse diploma”.
‘Inimigos da democracia’
Sem citar o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, Lula criticou quem chamou de “inimigos da democracia”.
“Inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre urnas eletrônicas, que têm a confiabilidade reconhecida pelo mundo inteiro. Criaram obstáculos de última hora, tentaram comprar voto de eleitores com falsas promessas e com dinheiro desviado do orçamento público”, afirmou.
Após a fala de Lula, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, também discursou e reforçou as críticas contra quem chamou de “extremistas” e “antidemocráticos”.
“A presente diplomação tem um duplo significado. Além do reconhecimento da vitória da chapa presidencial, essa diplomação atesta a vitória plena, incontestável da democracia e do Estado de Direito, contra ataques antidemocráticos, desinformação e o discurso de ódio proferidos por diversos grupos organizados, já identificados e garanto que serão integralmente responsabilizados para que isso não retorne nas próximas eleições”, afirmou.
Após a diplomação, que é uma cerimônia de praxe do TSE que serve como marco de encerramento do processo eleitoral, Lula e Alckmin estão aptos a tomarem posse no dia 1º de janeiro.
Por Lucas Pavanelli