Cerca de 80% da população mundial sofre com algum tipo de dor nas costas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo o médico especialista em coluna, diretor do Núcleo de Ortopedia e Traumatologia de Belo Horizonte, Daniel Oliveira, as causas mais comuns das dores nas costas incluem alterações degenerativas da coluna, como hérnia de disco, espondilose, artrose facetaria, e patologias posturais, como a hiperlordose. Sedentarismo, obesidade e a má ergonomia no trabalho também são fatores agravantes.
Para o ortopedista, a melhor forma de prevenir essas dores é manter uma postura adequada, praticar atividades físicas regulares para fortalecer a musculatura abdominal e paravertebral, evitar o sobrepeso e cuidar da ergonomia no trabalho, além de evitar carregar objetos muito pesados de forma inadequada. Quem trabalha muito tempo sentado deve adotar medidas para minimizar os impactos.
“Quem trabalha sentado deve fazer pausas a cada cinquenta minutos para alongar-se, ajustar a cadeira para que a coluna fique apoiada e os pés toquem o chão, e manter os braços em ângulo de noventa graus em relação ao teclado”, detalha.
Recorrer a automedicação para dores nas costas pode ser perigoso. Existem vários riscos como explica Felipe Mendes, neurocirurgião membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
“O uso indiscriminado de anti-inflamatórios e analgésicos pode mascarar a gravidade do problema, agravar lesões pré-existentes e causar efeitos colaterais sérios, como úlceras gástricas, insuficiência renal ou hepática. A automedicação pode atrasar o diagnóstico correto e o tratamento adequado. Se a dor persistir por mais de quatro semanas, for intensa ou acompanhada de sintomas como formigamento, perda de força nas pernas ou disfunções urinárias, é imprescindível consultar um especialista para uma avaliação detalhada”, conclui.