As declarações de dois médicos nas redes sociais de que o câncer de mama não existe ou é causado pela mamografia causou um forte impacto no Coordenador da Residência Médica de Mastologia do Hospital Maternidade Terezinha de Jesus (HTMJ) e Coordenador do Serviço de Mastologia do Programa CEAE/ACISPES da SES/MG, Bruno Laporte.
“Tristeza, decepção, porque a gente faz um trabalho enorme de conscientização das mulheres, de alto cuidado, de alta saúde, de se olharem, de fazerem seus exames e a gente se depara com uma declaração tão triste, tão infeliz, tão inapropriada”, disse.
Conforme a Itatiaia divulgou, as afirmações de Lucas Ferreira e Lana Tiani Almeida da Silva foram divulgadas nos respectivos perfis de redes sociais durante o Outubro Rosa. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) desmentiu as informações. Ambos foram denunciados e Conselhos Regionais de Medicina de São Paulo e o do Pará apuram os casos. Os procedimentos tramitam em sigilo, como prevê o Código de Processo Ético-Profissional.
O programa Centro Estadual de Atenção Especializada (Ceae)/Agência de Cooperação Intermunicipal em Saúde Pé da Serra (Acispes)é responsável pelo atendimento secundário de Mastologia de 37 cidades do Estado de Minas Gerais. São realizadas por mês 1 mil consultas, 40 biópsias percutâneas e 45 cirurgias de câncer de mama.
Para o mastologista Bruno Laporte, a divulgação de notícias falsas contribuem para colocar em risco a busca por diagnóstico e prevenção por parte das mulheres.
“A gente sabe que o único método que até hoje de imagem conseguiu diminuir a mortalidade de câncer de mama é a mamografia. Levar isso à população gera morte, gera sofrimento, gera diagnóstico tardio e segundo a atuação a análise do CRM, Conselho Regional de Medicina do Estado, desses médicos, está causando um risco para todas as mulheres do nosso país”, ressaltou.
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Assista à entrevista de Bruno Laporte ao Itatiaia ponto com: