O Ministério Público de Minas Gerais analisou o inquérito da Polícia Civil e propôs ação de transação penal contra o delegado Itamar Cláudio Netto.
Ele trabalhava com a escrivã Rafaela Drumond, de 31 anos, em Carandaí, no Campo das Vertentes. Ela foi encontrada morta pelos pais no dia 9 de junho, na casa da família em um distrito de Antônio Carlos, no Campo das Vertentes. O caso foi registrado pela Polícia Civil como suicídio.
Segundo o MP, a ação proposta foi “por entender que ficou caracterizado o crime de condescendência criminosa por parte do delegado, pela omissão na adoção de providências disciplinares contra os envolvidos na discussão ocorrida no interior da unidade policial”.
O órgão informou que enviou o caso, no dia 27 de setembro, ao Juizado Especial Criminal de Carandaí para agendamento de audiência preliminar.
Já em relação ao investigador Celso Trindade de Andrade, conforme o MPMG, “as ofensas proferidas por ele sofreram o efeito da decadência por não terem sido adotadas, dentro do prazo, as providências exigidas por lei.”
Policiais transferidos
O delegado Itamar Cláudio Netto e o investigador Celso Trindade de Andrade, superiores de Rafaela na Delegacia de Carandaí, foram transferidos para Conselheiro Lafaiete menos de 15 dias após a morte da escrivã. No dia 12 de julho, nova transferência: Itamar foi para Belo Vale, enquanto Celso foi para Congonhas.
Cerca de seis dias depois, Celso Trindade de Andrade acabou entrando em licença médica cerca de 60 dias depois. O advogado de Celso já chegou a falar que as gravações que circulam nas redes sociais e que mostram xingamentos à Rafaela trazem sim a voz de Celso, mas que o áudio foi “tirado de contexto”.
Caso Rafaela Drumond
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