Após denúncia, Polícia Militar de Meio Ambiente fecha local de abate clandestino em São João del-Rei (MG)

A Polícia Militar de Meio Ambiente flagrou local de abate clandestino de bovinos em um galpão de uma fazenda em São João del-Rei, no Campo das Vertentes. A ocorrência começou na terça-feira (23) e teve desdobramentos ainda nesta quarta (24).

Após denúncia, equipe esteve na propriedade, onde descobriu em um galpão, que era utilizado para ordenha, um animal abatido, em processo de esfola e partes de um segundo animal, abatido recentemente.

Equipe do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) também foi acionada para adotar as providências administrativas junto com a PM de Meio Ambiente, que realizou o registro criminal do caso.

Um funcionário da fazenda foi conduzido para prestar depoimento, mas não teve prisão ratificada, segundo a PM de Meio Ambiente. O proprietário foi identificado, mas não foi localizado. caso foi encaminhado para a Polícia Civil e para o Ministério Público para as providências cabíveis.

Quem quiser denunciar crimes ambientais, pode repassar as informações via telefones 190, 181 e 155.

Infraestrutura para abate

No local, segundo a PM de Meio Ambiente, havia uma infraestrutura destinada para abate, como a talha, utilizada na elevação do animal abatido para ser realizada a desossa, uma serra sabre, cinco facas próprias de uso em açougue, e uma marreta com vestígios de uso para abate.

Os policiais foram informados por funcionários de que o restante do segundo animal abatido estava armazenado em uma câmara fria situada em um laticínio na mesma propriedade. A fiscalização localizou os cortes de bovino in natura, juntamente com queijos e derivados de leite fabricados, embalados e prontos para venda.

Produtos sem condição para consumo

Segundo a PM, a fiscalização do Instituto Mineiro de Agropecuária constatou que o empreendimento estava em desacordo com o regulamento da inspeção e fiscalização sanitária dos produtos de origem animal.

O IMA também verificou que os os produtos fabricados no laticínio não estavam em condições para consumo humano, sem licença ambiental. Além disso, os rótulos utilizados para embalar os derivados de leite estariam em desconformidade com as normas previstas.

Todos os produtos foram apreendidos e ficaram sob a responsabilidade do IMA.