O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) finalizou no sábado (12) Ação Inicial para investigação da queda do helicóptero do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, nesta sexta-feira (11). Na ocasião, os seis tripulantes morreram com a colisão da aeronave no município de Ouro Preto, no centro de Minas.
Essa é a primeira parte da investigação da ocorrência aeronáutica, que visa levantar informações necessárias para identificar os possíveis fatores que levaram ao acidente. O estudo feito pelo Cenipa não aponta culpados pelo acidente e acontece com o intuito de propor novas medidas de segurança para evitar que novas fatalidades ocorram.
À Itatiaia, o Cenipa destaca que irá se pronunciar oficialmente sobre o assunto apenas após a emissão e a publicação do Relatório Final. “A conclusão dessa investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”, esclarece.
O que é a Ação Inicial?
É a atividade que envolve o uso de técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado, responsável pela coleta e confirmação de dados, preservação dos elementos, verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações essenciais para a investigação.
Queda de helicóptero em Ouro Preto
O helicóptero do Corpo de Bombeiros caiu na noite dessa sexta-feira (11), em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais. A aeronave Arcanjo 04 atuou no resgate do avião que caiu no distrito de São Bartolomeu e deixou o piloto morto.
O helicóptero transportava quatro militares do Corpo de Bombeiros, um enfermeiro e um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Mais de 80 pessoas atuaram na ocorrência, e os trabalhos duraram 12 horas.
Veja quem são as vítimas:
- Capitão Wilker;
- Tenente Victor;
- Sargente Wellerson;
- Sargento Gabriel;
- Médico Rodrigo Trindade;
- Enfermeiro Bruno Sudário.
Todos foram velados e sepultados em Belo Horizonte no domingo (13).
O que causou o acidente?
Em entrevista à Itatiaia, o Coronel Anderson Passos explicou que as condições desfavoráveis do tempo podem ter provocado má visibilidade da tripulação. As investigações serão feitas em duas instâncias, sendo a primeira uma investigação legal para “apurar possíveis questões criminais e atribuir culpas”. Em paralelo, a investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) busca entender como aconteceu e quais as causas do acidente.
“As imagens e informações até agora não permitem a gente tentar buscar essa causa. Porque pode ter acontecido a pane de algum equipamento que pode ter provocado o choque (com paredão). O choque aconteceu, está muito claro. O Cenipa vai tentar identificar se quando aconteceu a colisão havia potência dos motores, qual era o estado de alinhamento da aeronave, se estava com as asas alinhadas”, disse o coronel e instrutor de voo que atuou em Brumadinho.
Passos afirma que uma pane qualquer em uma condição de visibilidade degradável, ou seja, com pouca visibilidade à frente “tornaria qualquer intervenção dos pilotos muito mais restrita”