A espera para a disputa da Olimpíada de Paris 2024 está prestes a acabar. A partir desta quinta-feira (18), a delegação brasileira começará a viver o clima dos Jogos com a chegada das primeiras modalidades na Vila Olímpica, em Paris.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) faz os últimos ajustes no prédio que receberá os representantes da ginástica artística já nesta quinta (18). A próxima equipe a chegar será a Seleção Brasileira de Vôlei, com entrada prevista para sexta (19).
O COB trabalha faz dois anos no Prédio Brasil, que está quase pronto. O prédio está localizado em posição estratégica e no setor D da Vila Olímpica. Ele é afastado da agitação da Zona Internacional, perto do refeitório e da área da transporte, evitando grandes deslocamentos. Também fica próximo à saída para Saint-Ouen e apenas 600 metros deste ponto até a base do COB.
“A primeira vez que visitei a Vila (em junho de 2022), o prédio ainda estava na fundação e fizemos todo o projeto arquitetônico. A gente não constrói o prédio. Dizemos que o Comitê Organizador faz o corpo e nós vestimos a roupa. Não é simples, é uma montagem completa. Mas conseguimos criar esse ambiente ideal para que o atleta consiga o seu melhor resultado”, afirmou Daniela Polzin, gerente de Infraestrutura Esportiva do COB e arquiteta.
O COB criou no edifício uma academia e providenciou a instalação de aparelhos de ar condicionado para minimizar o forte calor na capital francesa. Os atletas também terão serviços como atendimento médico, nutricionista, massoterapia, fisioterapia, soltura, crioterapia e preparação mental à disposição no prédio.
“A sala de força e condicionamento ser dentro do prédio é uma super novidade e ajuda muito os atletas. Além de espaço suficiente para a montagem, a gente precisou garantir que o local tenha capacidade de carga na laje, o que não é simples, porque normalmente os prédios não são concebidos com essa finalidade”, explicou Daniela, satisfeita com o resultado.
“É bem gratificante, um trabalho profissional que se liga com a minha paixão pelo esporte. Particularmente, por ter vivenciado os Jogos Olímpicos como judoca e ter sentido emoções e frustrações, eu consigo entender o quanto representa fisicamente no corpo do atleta qualquer sacrifício que a gente possa fazer para entregar a melhor estrutura nas nossas instalações.”
Os brasileiros terão 47 apartamentos e cerca de 313 camas disponíveis na Vila Olímpica