Ex-presidente é entrevistado no Jornal da Itatiaia na manhã desta sexta-feira (30)
‘MINUTA DO GOLPE’
“‘Minuta do golpe’, que rotularam, é um papel que encontraram na casa do Anderson Torres. O que é o telefone do Cid? Um muro das lamentações. É uma caixa postal. Tudo que acontecia comigo pelo Brasil, liga pro Cid. É tanta coisa que chegava, então alguns lamentavam. Xingavam. Nem chegava para mim, ele respondia com um emoji, um positivo”
“Tem um cara que está preso, o Ailton, um afrodescendente, bastante afrodescendente, que escreveu: ‘Tem que quebrar e convocar 1500 homens’. Quem é esse cara? Foi candidato várias vezes e não conseguiu nada. Foi expulso do Exército. Sempre tratei bem, é paraquedista. Tem um áudio que a imprensa divulgou: é o 02 do Bolsonaro para golpe no Rio. E mandei um áudio para ele: Ô 02, desejo boa sorte para você. Esse foi meu recado. Vamos aprender um pouco de história do Brasil e do mundo para saber o que é golpe”.
BOLSONARO PODE DEPOR NA CPMI DE 8 DE JANEIRO?
Ex-presidente foi lacônico e não descartou comparecer à CPMI no 8 de janeiro. O Congresso investiga os ataques às sedes dos três poderes e a suposta influência de políticos para estimular um golpe de Estado.
“Convoca ou não convoca e faz a coisa certa”
BOLSONARO DEFENDE ACAMPAMENTOS
Bolsnaro compara acampamentos em apoio a ele em frente a quarteis com o acampamento ‘Lula Livre’ em Curitiba enquanto o ex-presidente esteve preso na Polícia Federal.
“Aquele acampamento em Curitiba enquanto o Lula estava preso? Sem problema. Qual o problema do pessoal acampar na frente dos quarteis. O próprio ministro Múcio afirmou que não existiu figura central no 8 de janeiro e que pessoas que fizeram o quebra-quebra não foram as acampadas. Palavras do ministro da Defesa. Assim como o episódio de incêndio em 12 de dezembro. Quem organizou aquele ato foram pessoas que estavam nos hoteis e a CPMI não aceitou requerimento da oposição para buscar estes nomes”.
NEGACIONISTA
Perguntado se faria algo diferente na gestão da pandemia, Bolsonaro volta a atacar a vacinação.
“Você que tomou vacina leu a bula? Toda vez que falo em vacina, aquela outra parte da imprensa vai falar que neguei a vacina. Não neguei. Temos liberdade de escolha. A população não lê bula de nada. Mesmo correndo risco da imprensa bater em mim como negacionista: quando resolvi aplicar vacina em crianças de 5 a 11 anos liguei para a Anvisa e falei que tem um monte de efeito colateral. Minha filha tinha 11 anos. Vamos supor que ela tome a vacina e tenha palpitação e dor no peito. Eu falo para o médico, militar, e ele vai falar: ‘não sei”. Uma criança que está com falta de ar vai receitar o quê? Não sabe o que fazer? Por que obrigar vacina. Porque alguns governadores não deixaram criança sem vacina ir pra sala de aula. Demitir servidor. Que isso? Eu não sou negacionista, sou realista. Eu tomei todas as vacinas, minha filha, minha enteada. Essa (a de Covid) uma enteada e uma filha não tomaram. Minha filha por interferência minha. Minha esposa teve a liberdade e tomou a Janssen nos EUA. Os médicos de boa fé dizem que a melhor vacina é quando você tem aquela doença. Vacina é um vírus inativo. Perguntei por que ela queria tomar a vacina se já tinha o vírus. Bem, ela passou mal na vinda, teve duas crises enormes em função da vacina da Janssen”