Polícia investiga mais um lote da cerveja Belorizontina

Mais um lote da cerveja Belorizontina, da Backer, foi incluído na lista dos contaminados com dietilenoglicol.

A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira, 13, pela Polícia Civil (PC), durante coletiva.

De acordo com corporação, laudos apontaram a presença da substância tóxica no L2 1354 (a contaminação já havia sido informada nos lotes L1 1348 e L2 1348). 

O dietilenoglicol também foi encontrado em um equipamento de refrigeração. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte iniciou o recebimento de unidades de qualquer loja da Belorizontina nesta segunda-feira.

Com dez casos já confirmados de pacientes diagnosticados com quadro da síndrome nefroneural em Minas, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde, ligada à Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), vai ampliar para novembro a data inicial para que os sintomas sejam considerados para gerar uma notificação. Até então, o mês de referência era dezembro.

O objetivo, de acordo com nota divulgada pela SES/MG, é descobrir se houve, em meses anteriores, casos semelhantes de pessoas que teriam consumido a cerveja Belorizontina, da Backer. O órgão informa que a ampliação do período da investigação epidemiológica é “apenas por medida de precaução”.

A SES/MG emitiu uma nova nota técnica aos profissionais e serviços de atendimento médico do estado informando sobre o novo período de investigação da síndrome, que causa problemas renais e neurológicos.

Nos próximos dias, devem ficar prontos os resultados dos exames de sangue e da necropsia de Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos, que estava internado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, com insuficiência renal e alterações neurológicas, que podem ter sido provocadas pelo dietilenoglicol, substância encontrada pela Polícia Civil em amostras examinadas da cerveja Belorizontina. 

Backer

Em nota, a Backer afirmou que o dietilenoglicol não é utilizado pela empresa, mas vai fazer investigações e auxiliar os órgãos. A fábrica, localizada no bairro Olhos D’água, na região do Barreiro, foi interditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 

por Itatiaia / BH

Foto: Amanda Antunes/ Itatiaia