Ícone do site Rádio FM Itatiaia

Sono: pesquisa mostra qual o tempo ideal para dormir

Quase metade dos brasileiros sofrem com algum tipo de insônia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização estima que 40% da população do país não dorme bem. No mundo, este percentual chega a 45%. Mas qual o tempo de sono ideal para a saúde?

De acordo com o Centro de Controle de Prevenção de Doenças, maior agência de saúde dos Estados Unidos, adultos com idades entre 18 e 60 anos devem ter, no mínimo, sete horas de descanso por noite. Dormir menos ou mais que o necessário pode causar problemas cognitivos.

Insônia e memória

De acordo com a doutora em saúde pública pela UFMG, Tamires Rezende, a insônia é caracterizada pela dificuldade de iniciar o sono e mantê-lo de forma contínua durante a noite, ou pelo despertar muito antes do horário desejado.

A condição pode estar relacionada a diversos fatores, como de aspectos genéticos, transtornos do humor, problemas emocionais, estresse entre outros. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aponta que, dormir pouco, menos de seis horas, ou dormir muito, mais de oito horas por dia, pode causar problemas na memória.

“Nós vimos que tanto a duração do sono quanto os sintomas de insônia foram relacionados ao pior desempenho da memória. E o que a gente viu que é interessante é que, em relação à duração do sono, por exemplo, parece haver um pico ótimo de sono, que seriam sete horas. Aquelas pessoas que dormiram para além das sete horas, ou aquém das sete horas, tiveram um desempenho ainda pior. E isso não foi válido apenas para a memória, nós avaliamos essa relação também com outras habilidades cognitivas, como a fluência verbal, o funcionamento executivo, que diz a capacidade das pessoas de tomar as decisões do dia a dia”, detalha Tamires Rezende.

Qualidade de vida

A pesquisadora ainda destaca que dormir a quantidade de horas correta pode ajudar a melhorar a qualidade de vida. “O envelhecimento, ele está aí batendo na porta de todo mundo. Uma vez que tem estudos demonstrando que o sono é algo comum para todos, pode ajudar a melhorar a qualidade de vida no futuro, e isso acontece a partir de agora, que a gente tenha melhores hábitos de sono, que a gente consiga se dar conta de que, embora busquemos sempre por produtividade, que também é importante dar um tempinho, relaxar e dormir bem”, conclui.

Segundo a UFMG, a pesquisa foi baseada em uma análise de dados coletados entre 2014 e 2017, com participantes de idades entre 55 e 79 anos.

O objetivo foi investigar a relação entre distúrbios do sono (duração do sono, dificuldade de iniciar ou manter o sono, sintomas de insônia) e o desempenho cognitivo em testes específicos.

Sair da versão mobile