Foram registrados 70 atropelamentos e abalroamentos, no primeiro semestre de 2023, nas linhas férreas administradas pela MRS Logística. Os dados consideram as ocorrências em passagens em nível e em trecho corrido, nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
O balanço divulgado pela empresa nesta segunda-feira, 31, mostrou que houve um significativo aumento se comparado ao do primeiro semestre de 2022, quando foram 45 casos.
Nove casos foram na Zona da Mata de Minas Gerais: cinco em Santos Dumont e quatro em Juiz de Fora. Um deles foi esse no Bairro Poço Rico, em Juiz de Fora. Conforme as imagens das câmeras de monitoramento, na pressa em passar antes do trem chegar, o motorista quebrou a cancela da passagem em nível e quase atingiu um motociclista.
Imprudência ou desatenção
De acordo com a MRS, a recordista de registros no primeiro semestre foi Barra Mansa/RJ, com 9 casos. Além das cidades mineiras, houve maior número de registros de atropelamentos e abalroamentos em Japeri/RJ (4), Suzano/SP (4) e Paraíba do Sul/RJ (4).
A empresa explicou que todos os casos registrados no primeiro semestre tiveram, como causa, a imprudência ou a desatenção.
A concessionária destaca que todos devem adotar um comportamento seguro na linha férrea. Ressalta que o trem não freia como um carro, precisando de até 1 Km para frear a partir do acionamento do freio de emergência. É por isso que o trem tem prioridade nas passagens em nível.
Por exemplo, o artigo 212 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que: “Deixar de parar o veículo antes de transpor a linha férrea é infração gravíssima e o infrator está sujeito à multa”. O mesmo cuidado vale para os pedestres.