O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou a operação Mãos Invisíveis, nesta terça-feira (26). Os trabalhos investigam a possível existência de uma associação criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e fraudes à licitação.
A ação criminosa seria composta por ex-presidentes da Câmara Municipal de Muriaé (MG), um ex-diretor financeiro da casa legislativa, funcionários públicos e empresários
As ações contam com o apoio das Polícia Civil e Polícia Militar de Minas Gerais, com o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Juiz de Fora, Muriaé (MG) e Vieiras (MG).
Suspeitos de “consórcio de empresas fraudulentas”, diz MPMG
Segundo as investigações, os empresários e agentes públicos, em acordo com dois vereadores de Muriaé e um diretor financeiro da Câmara, constituíram um “consórcio de empresas fraudulentas” para viabilizar a prática de crimes contra a administração pública, por meio de contratação com o poder público.
Para isso, empresas do ramo da construção civil foram criadas em nome de “laranjas”, em um cenário para lavagem de dinheiro. Juntas, elas iriam combater a concorrência de vários procedimentos licitatórios, na microrregião de Muriaé.
A operação é uma consequência das “Operações Catarse 1 e Metástase 2” deflagradas pelo Ministério Público desde 2021, que miram esquemas de desvio de verbas públicas.