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Neymar aposta em retrospecto contra asiáticos para voltar à Seleção

Reforço da Seleção Brasileira para a reta final da Copa do Mundo, o atacante Neymar encara a Coreia do Sul, nesta segunda-feira (5), a partir das 16h (de Brasília), no 974 Stadium, apostando no seu ótimo retrospecto diante de asiáticos com a camisa 10 amarela para balançar pela primeira vez a rede no Catar.

Quando se pega os 75 gols de Neymar nos 122 jogos que disputou pelo Brasil e divide por confederações, fica evidente que o jogador tem nos asiáticos suas principais vítimas. São 12 partidas e 17 bolas na rede, o que provoca uma média de 1,41. No geral, ela é de 0,61, menos da metade.

Além disso, o aproveitamento é de 100%, pois a Seleção Principal venceu todas as partidas contra asiáticos com Neymar em campo. São impressionantes 46 gols marcados, média de 3,83, e apenas dois sofridos, média de 0,16.

Nesta conta asiática está inserida uma goleada de 6 a 0 sobre a Austrália, em 7 de setembro de 2013, no Mané Garrincha, em Brasília, quando ele marcou uma vez. Isso porque, na geografia da Fifa, desde 2005 os australianos fazem parte da confederação da Ásia, por causa do baixo nível técnico do futebol na Oceania.

Quase um a cada quatro gols de Neymar pela Seleção foi marcado diante de seleções asiáticas, pois as 17 bolas na rede representam 23% dos 75 tentos que ele tem com a camisa canarinho. Isso num universo de apenas 10% dos seus 122 jogos.

A segunda melhor média de gols do camisa 10 de Tite é contra equipes da Concacaf (América Central, Norte e Caribe), 0,68, menos da metade do que ele alcança diante de asiáticos.

Contra africanos, esse número é de 0,60, sendo praticamente idênticos contra seleções da América do Sul (0,49) e da Europa (0,48).

História

Nas 12 partidas que já disputou contra asiáticos, defendendo a Seleção Principal, Neymar só não balançou a rede duas vezes, num 2 a 0 sobre a Arábia Saudita, em 12 de outubro de 2018, em Riad, e numa partida que teve o mesmo placar contra o Catar, em 5 de junho de 2019, no Mané Garrincha, em Brasília.

Este confronto é de recordação amarga para o craque brasileiro, pois ele lesionou o tornozelo direito, o mesmo que lhe provoca problemas agora no Catar, e foi cortado da Copa América, que foi conquistada pela Seleção no único título de Tite à frente da equipe.

O maior número de gols de Neymar pelo Brasil foi alcançado diante de um asiático, o Japão. Na goleada de 4 a 0, em 14 de outubro de 2014, em Cingapura, ele marcou os quatro gols. Os japoneses são também sua maior vítima com a camisa amarela, com nove bolas na rede em cinco confrontos.

Diante dos sul-coreanos, Neymar é mais modesto, mas ainda muito eficiente. São duas partidas, ambas em Seul, e três gols marcados. Fez um em 12 de outubro de 2013, num 2 a 0, e mais dois nos 5 a 1 de 2 de junho deste ano, na reta final de preparação da equipe de Tite para o Mundial.

Confira os jogos e gols de Neymar contra asiáticos

1 – 10/9/2012 – 8 x 0 – China – Amistoso – Recife – 1 gol

2 – 11/10/2012 – 6 x 0 – Iraque – Amistoso – Malmo (SUE) – 1 gol

3 – 16/10/2012 – 4 x 0 – Japão – Amistoso – Wroclaw (POL) – 1 gol

4 – 15/6/2013 – 3 x 0 – Japão – Copa Confederações – Brasília – 1 gol

5 – 7/9/2013 – 6 x 0 – Austrália – Amistoso – Brasília – 1 gol

6 – 12/10/2013 – 2 x 0 – Coreia do Sul – Amistoso – Seul – 1 gol

7 – 14/10/2014 – 4 x 0 Japão – Amistoso – Cingapura – 4 gols

8 – 10/11/2017 – 3 x 1 – Japão – Amistoso – Lille (FRA) – 1 gol

9 – 12/10/2018 – 2 x 0 – Arábia Saudita – Amistoso – Riad – 0 gol

10 – 5/6/2019 – 2 x 0 – Catar – Amistoso – Brasília – 0 gol

11 – 2/6/2022 – 5 x 1 – Coreia do Sul – Amistoso – Seul – 2 gols

12 – 6/6/2022 – 1 x 0 Japão – Amistoso – Tóquio – 1 gol

Gols e jogos de Neymar por confederações

Asiática – 17 gols – 12 jogos – 1,41 média

Concacaf – 11 gols – 16 jogos – 0,68 média

Africana – 6 gols – 10 jogos – 0,60 média

Conmebol – 28 gols – 57 jogos – 0,49 média

Uefa – 13 gols – 27 jogos – 0,48 média

O jogo entre Brasil e Coreia do Sul pelas oitavas de final da Copa do Mundo ocorre às 16h (horário de Brasília), no estádio 974, Catar.

Por Alexandre Simões / Wellington Campos

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