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Morre escritor juiz-forano Rubem Fonseca

O escritor Rubem Fonseca, de 94 anos, nascido em Juiz de Fora (MG), morreu nesta quarta-feira, 15, no Rio de Janeiro (RJ).

Rubem Fonseca sofreu um infarto, em seu apartamento, no bairro do Leblon. Ele chegou a ser levado para o Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio, onde os médicos tentaram reanimá-lo sem sucesso.

José Rubem Fonseca foi um contista, romancista, ensaísta e roteirista brasileiro. Em 2003, venceu o Prêmio Camões, o mais prestigiado da língua portuguesa.

Formação e trajetória

Filho de portugueses, o contista, romancista, ensaísta e roteirista brasileiro Rubem Fonseca, que faria 95 anos no dia 11 de maio, nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Ele se formou em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade Nacional de Direito, da antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Rubem chegou a trabalhar na polícia do Rio de Janeiro e foi exonerado em 1958, quando passou a se dedicar à literatura. A estreia foi com o livro de contos Os Prisioneiros, em 1963. Na sequência, a cada dois anos vieram A Coleira do Cão e Lúcia McCartner.

Uma das obras de maior destaque do escritor, o livro de contos Feliz Ano Novo, lançado em 1975, foi recolhido pela censura no ano seguinte, e a liberação só ocorreu em 1989, após uma batalha judicial sob a acusação de que a publicação era contrária à moral e aos bons costumes.

Essa não foi a única vez que precisou enfrentar a censura.

O seu conto O Cobrador, vencedor do Prêmio Status de Literatura Brasileira 1978, também foi proibido.

Na literatura de Fonseca, tem lugar especial o romance Agosto, de 1990, que trata das tramas políticas que culminaram com o suicídio do presidente Getulio Vargas.

Autor com estilo direto, ele retratou entre outros assuntos a violência urbana.

Confira abaixo a reportagem da EBC, exibida em 2015
Rubem Fonseca em reportagem exibida em 2015

Prêmios

Rubem Fonseca foi o grande vencedor, em 2003, do Prêmio Camões, o principal da literatura em língua portuguesa. Em seis ocasiões, foi celebrado pelo Prêmio Jabuti. A mais recente, em 2014, com o livro de contos Amálgama.

Em 2015, venceu o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra, conforme a Agência Brasil destacou na ocasião. O título levou em conta o conjunto da obra (desde 1941) e foi concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL).

Radicado no Rio de Janeiro, estudou direito e entrou para polícia civil como comissário do distrito de São Cristóvão. A experiência profissional , que durou apenas até 1958 (quando passou a se dedicar principalmente à literatura), inspirou obras policiais desse autor tido pela pesquisadora Tânia Pellegrini, como uma das principais referências do romance do gênero no Brasil.

O primeiro livro dele foi publicado em 1963, Os prisioneiros. Desde então, publicou mais 32 obras, entre romances e contos. Obras como Agosto (1990) e Bufo & Spallanzani (1986) ficaram ainda conhecidas pela adaptação que tiveram para TV e cinema. Para Tânia Pellegrini, no estudo “No fio da navalha: literatura e violência no Brasil de hoje”, a influência de Rubem Fonseca nos autores da nova geração é tamanha a ponto de estabelecer-se uma “matriz fonsequiana”, que consolida o gênero policial no Brasil.    

Obras

Romances

Contos

Outros
Homenagens feitas pela TV Brasil sobre os seus 90 anos
Bloco 1 – sobre os seus 90 anos

Bloco 2 – sobre os seus 90 anos

Bloco 3 – sobre os seus 90 anos

Fontes: EBC, Wikipedia e Prêmio Camões

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