Lei Paulo Gustavo: Funalfa abre inscrição para edital Mestres e Mestras da Cultura Tradicional

Estão abertas as inscrições para o edital de premiação Mestres e Mestras da Cultura Tradicional em Juiz de Fora. De acordo com a Fundação Alfredo Ferreira Lage, a iniciativa vai premiar até 15 pessoas que detenham notório conhecimento e longa permanência de atuação em atividades artísticas e culturais, e que atuem em Juiz de Fora como formadoras e/ou referências na prática cultural exercida.

O investimento total é de R$ 112.500,00, com recursos do Governo Federal, por meio da Lei Paulo Gustavo, como informa o edital no site da Funalfa.  

O valor bruto por premiação individual é de R$ 7.500. As inscrições podem ser feitas pela plataforma Prefeitura Ágil, até próximo domingo (8). A inscrição pode ser por autoindicação ou indicação de terceiros, não sendo obrigatório o registro prévio no Cadastro Municipal de Cultura (CAD Cultural). 

Quem pode concorrer

O Edital de Premiação Mestres e Mestras da Cultura Tradicional busca identificar e salvaguardar saberes e formas de expressão ligadas à identidade, à história e à memória de pessoas que são referências de notório saber e fazer cultural tradicional da sociedade juiz-forana. 

Os (as) premiados (as) devem ser agentes individuais/pessoas físicas, com idade igual ou superior a 40 anos, atuantes em Juiz de Fora por, pelo menos, 10 anos e que possuam reconhecimento nos territórios e/ou no segmento de que são detentores (as) de conhecimento indispensável à perpetuação da cultura tradicional, obrigatoriamente, mediante comprovação.

São aceitas atuações nas mais diversas áreas da arte e cultura tradicional, como poesia e literatura popular (literatura de cordel, ditos populares, adivinhas, quadras…); contação de histórias e outras narrativas orais; artes e artesanatos; rituais e festejos.

A atuação do Mestre ou Mestra também pode ocorrer em outras tradições culturais que, pelo poder da palavra, da imagem, da oralidade, da corporeidade e da vivência dialogam, aprendem, ensinam e tornam-se a memória viva e afetiva da tradição popular, transmitindo saberes e fazeres de geração a geração, garantindo a ancestralidade e identidade de sua comunidade, como capoeira, folia de reis, matriz africana, elementos tradicionais do carnaval (mestre-sala e porta-bandeira, passistas, mestres de bateria e baianas), danças folclóricas, dentre outras tradições étnicas.

O edital adota cotas étnico-raciais:
a) no mínimo, 20% das vagas para pessoas concorrentes negras (pretas/pardas);
b) no mínimo, 10% das vagas para pessoas concorrentes indígenas.