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Fim da epidemia de dengue: no inverno as pessoas ainda podem contrair a doença?

Divulgação/Fiocruz

Com o fim do estado de emergência em saúde pública em Minas Gerais devido à epidemia de arboviroses, alguns mineiros podem acreditar que não correm mais risco de contrair dengue, Chikungunya ou zica. Contudo, por mais que os casos tenham reduzido significativamente, é importante que a população mantenha os cuidados para a prevenção dessas viroses.

À Itatiaia, o virologista do departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Flávio da Fonseca, afirmou que sim, as pessoas precisam continuar atentas às arboviroses, mesmo com a diminuição dos casos e com o tempo mais frio. “Elas devem continuar preocupadas com as arboviroses de qualquer forma, porque o fim da emergência significa apenas que o sistema público de saúde já não está sobrecarregado, mas não significa que as arboviroses pararam de circular”.

Fonseca explica que nos últimos dez anos, em Minas Gerais, há uma transmissão continuada de arboviroses durante todo ano. “Antigamente, há uns 20 anos, como tínhamos um inverno mais frio, havia uma diminuição da atividade dos mosquitos que são os principais vetores, e, com isso, a gente não tinha tanta transmissão de arboviroses no período do inverno. No entanto, não é o que se observa nos últimos anos, embora haja uma diminuição da transmissão, ela não cessa completamente”, esclareceu.

Prevenção

Apesar da diminuição da atividade do mosquito vetor, o Aedes aegypti, por ela não cessar completamente, é importante que a população mantenha as medidas de prevenção contra o mosquito. Veja os cuidados que devem ser mantidos abaixo:

Por mais que o inverno em Minas Gerais seja de tempo seco, dificultando os focos de reprodução do mosquito, é importante que as pessoas evitem deixar locais com água parada. “As pessoas devem estar, mais do que nunca, atentas ao acúmulo de água em locais onde o mosquito possa se multiplicar”, alerta.

Um conselho dado por Fonseca é aproveitar o tempo seco para limpar locais que não são úmidos, mas têm a possibilidade de existirem larvas do mosquito. “Ela é resistente a dissecação, então às vezes a gente acha que não tem nada no recipiente, mas quando ele volta a ficar úmido os ovos podem se desenvolver”, pontua o virologista.

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