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Fazer jejum pode enfraquecer as respostas imunológicas, aponta pesquisa

Imagem Ilustrativa - Freepik

Um artigo publicado na revista Immunity aponta que fazer jejum prolongado pode enfraquecer as respostas imunológicas. A pesquisa foi realizada por cientistas dos Estados Unidos, publicada em 2023 e repercutiu em um artigo da revista Nature.

O título do artigo é “Os monócitos retornam à medula óssea durante o jejum e alteram a resposta do hospedeiro à infecção” e ela é assinada por 25 pesquisadores.

Após 24h de jejum, a pesquisa verificou a redução de 90% nos monócitos circulantes no sangue de camundongos, e um aumento dessas células na medula óssea, onde são produzidas.

Os monócitos são os maiores leucócitos circulantes e tem a função de defender o organismo contra invasores.

Quando os camundongos foram alimentados após não ingerirem nenhuma substância por 24h, os monócitos voltaram para o sangue em números anormalmente grandes, causando uma doença chamada monocitose, que geralmente é associada a doenças infecciosas e autoimunes.

Depois, os cientistas infectaram os camundongos que jejuaram com Pseudomonas aeruginosa, causadora da pneumonia bacteriana. O resultado foi que esses animais morreram mais rapidamente e em maior número do que os que não jejuaram.

O que falam os especialistas

Um dos cientistas por trás do artigo, Filip Swirski, imunologista da Icahn School of Medicine no Mount Sinai, na cidade de Nova York, acredita que o corpo preserva os monócitos como um mecanismo de proteção enquanto as reservas de energia estão baixas, mas, se o jejum for prolongado, os custos podem superar os benefícios.

São necessários mais trabalhos para entender os impactos dos resultados encontrados para humanos, pois a pesquisa foi realizada em camundongos. No entanto, Swirski afirma que o levantamento serve de alerta contra o jejum prolongado.

“Há muitas evidências de que o jejum pode ser benéfico, mas às vezes é sobre encontrar um equilíbrio e não levar seu sistema a extremos.” O próprio Swirski tende a pular o almoço, “mas eu não gostaria de jejuar excessivamente”, afirma o cientista.

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