O apresentador Fausto Silva, o Faustão, recebeu um transplante de rim na última segunda-feira (26), no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Há exatos seis meses, em 27 de agosto, o comunicador com passagens pela Record, Band e Globo recebeu um novo coração.
Dr. José Medina, diretor da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), explicou à Itatiaia que a realização de dois transplantes seguidos não é incomum. “Em São Paulo, no ano passado, foram feitos 34 transplantes de rim nessa situação, através do SUS, envolvendo pessoas anônimas”, destacou.
Segundo explicação do especialista, problemas no rim podem ser uma consequência do transplante anterior. “Podemos ter casos em que a doença acometeu um órgão, acometa outro. O remédio utilizado para evitar rejeição pode ter alguma toxicidade, comprometendo mais o rim”, relatou sobre possíveis relações entre os transplantes.
Leia também
- HU-UFJF chega a 500 transplantes de medula óssea: paciente recebeu doação da irmã
- “Manter sempre a esperança. A hora vai chegar”: Dilsão e a vida 7 anos após transplante de coração
- “Deus vai agir na hora certa”, diz trilheiro resgatado nas montanhas do RJ para receber um transplante em Juiz de Fora
- Transplante: Saiba como funciona o processo de doação de órgãos no país
- Referência em MG e RJ, Santa Casa de Juiz de Fora comemora 40 anos do serviço de transplante de órgãos
No caso de Fausto Silva, o apresentador foi internado com o intuito de se preparar para um transplante de rim devido ao agravamento de uma doença renal crônica. O tipo de enfermidade não foi descrito pelo hospital, nem por familiares. O comunicador segue em observação no hospital.
O médico destaca que pessoas como Faustão, que foram recentemente transplantadas, têm prioridade na fila de espera para novos transplantes. “É o caso de pessoas que estão mais debilitadas, imunossuprimidas, então têm garantia por lei”, esclareceu Medina sobre a situação do apresentador.
Conforme explicação do diretor da ABTO, a realização de dois transplantes seguidos é segura, mas conta com cuidados ainda mais intensos. “Depende de cada paciente. Quem precisa de dois transplantes normalmente enfrenta mais riscos, fragilidade, precisa de [internação em Unidade ou Centro] de Terapia Intensiva”, acrescentou à Itatiaia.
Medina destacou que, casos como o de Faustão, são importantes para chamar a atenção do público para o assunto. “Transplantes como esse, com doador falecido, dependem bastante da decisão da família, além da pessoa em vida. É importante dizer se tem intenção de ser doador de órgãos, continuar contribuindo com a sociedade mesmo após a morte”, encerrou o médico.
Novo transplante de Faustão
Fausto Silva foi submetido a um transplante de rim na manhã da última segunda-feira (26), seis meses após passar por um transplante de coração. O apresentador foi internado no domingo (25), por apresentar o agravamento de uma doença renal crônica.
Conforme divulgado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, onde o comunicador foi operado, “a cirurgia aconteceu sem intercorrências”. Faustão segue internado em observação para que os médicos possam acompanhar a adaptação do órgão e o estado do apresentador.