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Dengue: governo de Minas detalha novas estratégias de combate à doença em 2025

A população viveu um 2024 com alto número de casos de dengue e outras doenças causadas pelo mosquito aedes aegypti em Minas Gerais. Por isso, novas ações estão sendo planejadas para 2025 na tentativa de controlar os índices da arbovirose.

De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, o estado vai contar, pela primeira vez, com drones nos 853 municípios. “Os drones têm uma capacidade interessante, porque ele pode mapear todo um território e identificar onde tem risco de ter infestação do mosquito. Além disso, ele consegue também acessar locais que nós não conseguimos, os agentes não conseguem acessar, e jogar larvicidas. Então ele consegue acertar um copo de plástico”, detalha.

O secretário detalha que, entre dezembro e janeiro, a biofábrica com mosquito aedes aegypti com a bactéria wolbachia, começa a funcionar, em parceria com Fiocruz.

Outra aposta do governo no combate às arboviroses é a capacitação. “E nós estamos apostando muito na capacitação. Então já iniciamos semana passada a capacitação de organização do sistema de saúde, que é importante, mas também no protocolo de atendimento. A gente percebe que se organizar, que pessoas especialmente com doenças, com doenças crônicas têm um retorno precoce ao atendimento médico, com repetição dos exames, alguns tipos de exame, como hemograma simples, isso reduz muito o risco de complicação”, explica.

Possível queda de casos

De acordo com o Baccheretti, a expectativa é que no ano que vem haja uma queda de casos e óbitos, mas existe uma grande preocupação. “O sorotipo 3 já circula no Brasil este ano. Então se ele circular fortemente, teremos uma população toda que não teve essa doença pelo sorotipo 3, que não circula há muito tempo e sabemos também que uma infecção a curto prazo por outro sorotipo gera mais casos graves”, destaca.

Para o secretário, a medida definitiva de controle da dengue é a vacina. “Aos pais e aos responsáveis que nos escutam, tem que vacinar. Então temos vacina sobrando, nós estamos vendo municípios expandindo as idades e ela é de fato a nossa maior salvação para essas epidemias. Mas temos ainda apenas um laboratório produzindo essa vacina e ele ainda não tem uma capacidade produtiva muito grande, a expectativa do ano que vem é de 4 milhões de brasileiros vacinados, isso ainda é pouco. Mas estamos otimistas para o aumento da produção deste laboratório e a inserção da vacina do laboratório Butantan”, conclui o Secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti.

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