O aumento de casos coqueluche em Minas Gerais acende o alerta das autoridades de saúde do estado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, até o momento, são mais de 400 casos suspeitos e cerca de 150 confirmados da doença, com uma morte no município de Poços de Caldas, no sul de Minas. Belo Horizonte é a cidade com maior número de casos, seguida de Nova Lima.
De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Prosdocimi, são números superiores aos dos anos anteriores e iguais aos números de 2019, último ano que houve registro de óbito. Segundo ele, não há surto de coqueluche, mas um alerta importante a ser dado é de que a doença é evitável e as vacinas estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“A vacina pentavalente disponível no SUS é indicada para crianças com quatro meses e protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, além de outras doenças e infecções. Tem vacina para recém-nascido com poucos meses de vida, vacina para crianças com quatro anos de idade, vacina para gestante, esta vale a gente bater na tecla, que ela traz proteção para a gestante e para o filho que irá nascer. É fundamental a gente retomar, voltar a cumprir com as metas de vacinação para coqueluche e aí sim, nós vamos parar de falar de casos e óbitos”, sinaliza.
O subsecretário diz que, até o momento, Minas Gerais superou a meta de vacinação contra coqueluche em comparação ao ano passado, mas a imunização ainda está abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde.
“No ano de 2024, nós estamos melhores do que em 2023, inclusive na Coqueluche. Mas nós ainda não estamos batendo com as metas de vacinação. A meta de vacinação da pentavalente é de 95%, estamos com 85%. Da DTP, a meta é 95%, estamos com algo próximo de 85%. A DTP-A, igualmente, meta 95%, estamos com 70%. Minas está vacinando mais, nosso grande objetivo é voltar a cumprir com as metas de vacinação. Por isso, a gente vem batendo na tecla, junto ao Ministério da Saúde, de encaminhar mais doses a Minas Gerais para ampliarmos cada vez mais o acesso da população às vacinas. E aí sim, com os vacimóveis, com os investimentos, nós vamos vacinar muito mais mineiros e voltar a cumprir com as metas de vacinação”, conclui Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais.