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Confusão entre hospital e funerária faz mulher velar morador de rua no lugar do pai em Barbacena (MG)

Divulgação/Fhemig

Uma mulher de 48 anos quase enterrou um morador em situação de rua ao invés do próprio pai após uma confusão entre uma funerária e um hospital de Barbacena, na região do Campo das Vertentes. Além de não conseguir sepultar o pai, a mulher também descobriu que ele havia sido enterrado um dia antes, no lugar do morador em situação de rua.

Segundo o boletim de ocorrência, José Raimundo Elias Rufino morreu na quarta-feira (5) no Hospital Regional de Barbacena. Após ser informada do óbito, a mulher procurou o cartório para fazer o registro do óbito e, na sequência, foi até a funerária para acertar a prestação do serviço. O velório começaria às 19h de quarta (5) e terminaria às 10h desta quinta-feira (6), quando José Raimundo seria levado para Belo Horizonte, onde seria cremado.

Ao chegar na Capela Mortuária da Igreja Boa Morte, onde o velório seria realizado, a mulher olhou para o caixão e percebeu que o corpo não era do seu pai. A mulher chegou a procurar o hospital na esperança de que o pai não tivesse morrido. Porém, em contato com a funerária, a mulher foi informada de que um morador em situação de rua identificado como João Evangelista Marcelino havia sido sepultado no fim da tarde de quarta (5). Ao ver uma foto do cadáver, a mulher percebeu que o morador de rua era, na verdade, seu pai, descobrindo que os corpos haviam sido trocados.

Aos militares, o funcionário da funerária que buscou o cadáver no hospital disse que o corpo, o único do necrotério, estava identificado com uma etiqueta. A afirmação foi a mesma da funcionária da funerária responsável pelo sepultamento do morador em situação de rua. Segundo ela, o sepultamento do homem foi acompanhado por apenas uma mulher, que chorou por alguns minutos durante a cerimônia. O corpo foi enterrado em um jazigo cedido pela prefeitura.

A família de José Raimundo entrou com um pedido de liminar na Justiça para que o corpo seja exumado e o idoso finalmente possa ser sepultado de forma correta. Enquanto isso, o corpo do morador de rua segue armazenado na funerária.

Posicionamentos dos envolvidos

Em nota, a direção do Complexo Hospitalar de Barbacena informou que abriu uma sindicância interna para apurar o caso. ‘A diretoria da unidade lamenta profundamente pelo ocorrido, especialmente em um momento tão sensível e de tanta tristeza e se encontra à disposição dos familiares e autoridades policiais para possíveis esclarecimentos’, disse a instituição em nota.

Itatiaia também entrou em contato com a Polícia Civil e o Grupo Zelo e aguarda retorno. O espaço segue aberto.

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