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Clima seco favorece a incidência do carrapato transmissor da Febre Maculosa

CDC

O período de maior incidência de Febre Maculosa no Brasil é entre maio e novembro. É nesta época de clima mais seco que o ciclo do carrapato estrela, transmissor da doença, atinge as fases de larva e ninfa, período principal transmissão.

Dados do Ministério da Saúde,  em julho de 2023, foram confirmados 60 casos da doença em todo território nacional, sendo que 11 evoluíram para óbito.

A febre maculosa é uma doença infecciosa grave, causada por bactérias do gênero Riquétsias, transmitidas pela picada de carrapatos infectados. Com variações de gravidade, que vão de formas clínicas leves e atípicas até casos mais graves com alta taxa de letalidade, é crucial entender os riscos e a prevenção dessa enfermidade.

Tipos e Distribuição no Brasil

No Brasil, duas espécies de Riquétsias estão associadas à febre maculosa, com diferentes níveis de gravidade:

1. Riquétsias rickettsii: Causa a febre maculosa brasileira (FMB), considerada a forma mais grave da doença. Essa bactéria tem maior incidência no norte do Paraná e nos estados da Região Sudeste, onde os casos são mais severos e requerem atenção médica imediata.

  2. Riquétsias parkeri: Relacionada a quadros clínicos mais leves, esta bactéria tem sido registrada em áreas de Mata Atlântica, como no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará.

Sintomas e Evolução da Doença

A febre maculosa tem um início abrupto, com sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa (cefaléia), dores musculares severas (mialgia) e prostração. Além disso, em casos graves, a doença pode se manifestar com manchas avermelhadas na pele (exantema máculo-papular), especialmente nas palmas das mãos e plantas dos pés, que podem evoluir para lesões hemorrágicas, como petéquias e equimoses. Se não tratada rapidamente, a febre maculosa pode progredir para complicações fatais.

 Importância do Diagnóstico e Tratamento Precoce

O diagnóstico precoce da febre maculosa é fundamental para a administração de tratamento adequado, principalmente com o uso de antibióticos. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maior é a chance de evitar a progressão para formas graves da doença, reduzindo consideravelmente o risco de morte.

 Prevenção

A principal forma de prevenção da febre maculosa é evitar o contato com carrapatos. Em áreas de risco, como matas, pastagens e regiões rurais, é importante adotar medidas preventivas, como:

– Usar roupas claras que cubram a maior parte do corpo, para facilitar a visualização de carrapatos.

– Aplicar repelentes nas áreas expostas da pele e nas roupas.

– Inspecionar o corpo e os animais de estimação regularmente, especialmente após caminhadas ou atividades ao ar livre.

– Manter gramados e jardins bem cuidados para evitar a proliferação de carrapatos.

Estar informado sobre os riscos e tomar as devidas precauções é essencial para evitar essa doença grave. Caso apresente algum dos sintomas descritos e tenha histórico de exposição a áreas de risco, é importante procurar atendimento médico o quanto antes.

Todo caso suspeito de febre maculosa deve ser notificado às autoridades locais de saúde. A notificação deve ser feita por um profissional de saúde, por meio da Ficha de Investigação de Febre Maculosa, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

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