Neste mês, o ex-jogador Daniel Alves foi condenado a 4 anos e seis meses de prisão pelo estupro de uma jovem em uma boate em Barcelona, em 2022. A decisão da Justiça foi amplamente divulgada na imprensa mundial. A aplicação do protocolo “Não se cale” permitiu o acolhimento da vítima e o levantamento das provas apresentadas no processo que levaram o ex-lateral da Seleção Brasileira à prisão.
Recentemente, dois clubes ligados à trajetória de Daniel Alves, o Bahia e o Barcelona, excluíram a citação do jogador nas galerias de ídolos ou lendas.
A postura dos envolvidos no meio do futebol, que se silenciaram ou alegaram não saber “todos os fatos e informações verdadeiras”, como disse o técnico Tite, do Flamengo, em coletiva no fim de semana, mostra que muito ainda precisa ser mudado para garantir a segurança e o respeito às mulheres vítimas de violência.
A advogada Paula Assumpção, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Juiz de Fora, analisou, no Itatiaia Entrevista, aspectos deste caso que poderiam ser incorporados no atendimento no Brasil. Um deles, segundo ela, foi o espaço de escuta e acolhimento da vítima, que foi preservada ao longo do período de investigação e julgamento. Ouça.
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