O ataque de Roberto Jefferson a agentes da Polícia Federal, neste domingo, gerou repercussão entre os candidatos e seus apoiadores.
O primeiro a se manifestar foi o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concedia uma entrevista à imprensa na tarde deste domingo quando foi informado sobre o ataque.
Lula lamentou o atentado e afirmou que a política não convivia com “aberrações” como violência política antes de Bolsonaro. Para ele, o ataque à Polícia Federal vem de uma “máquina de destruição dos valores democráticos”. O petista também lembrou agressões verbais sofridas por Marina Silva em Belo Horizonte há dois dias. Durante um jantar, um casal se levantou e começou a chamá-la de vagabunda. Lula prestou solidariedade aos policiais atacados.
Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu a entrevista na RecordTV, na noite deste domingo, repudiando as ações do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB). Bolsonaro disse que, ao tomar conhecimento do caso, enviou o ministro da Justiça, Anderson Torres, para acompanhar o caso.
“Disse a ele que o tratamento dispensado deveria ser o de bandido, quem atira em policial, bandido é.”, afirmou Bolsonaro.
Outro que se manifestou foi o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se manifestou na noite deste domingo sobre a prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ). Em uma publicação compartilhada nas redes sociais, o governador disse ser defensor do “respeito às instituições que garantes nossa democracia” e que são “inaceitáveis” os ataques à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e aos agentes da Polícia Federal por Roberto Jefferson.
O ataque
O ex-deputado federal Roberto Jefferson está, na manhã desta segunda-feira, 24, no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, depois de ser preso na casa dele na cidade de Comendador Levy Gasparian, no Sul fluminense.
O político atirou contra dois policiais federais e lançou três granadas contra os agentes.
Nesse domingo, 23, dois policiais federais ficaram feridos por estilhaços de granada lançada pelo Roberto Jefferson. Eles foram atendidos e tiveram ferimentos leves.
De acordo com a Polícia Federal, além da prisão judicial, o investigado também foi preso em flagrante sob a acusação, inicial, de tentativa de homicídio – sem prejuízo de eventuais outros crimes cometidos durante a ação.