Princesa de Minas, berço da industrialização do Brasil. Inovadora, empreendedora. De ontem ou de hoje, Juiz de Fora, cidade polo da Zona da Mata, chega aos 172 anos e carrega história, essência e muitos sonhos.
A FM Itatiaia separou curiosidades sobre alguns pontos dessa cidade que respira cultura, talento e emoção.
Sport Club
Na década de 40, onde é a sede social do Sport Clube funcionava o Cassino Atlântico.
A casa atraiu turistas que apostavam em roletas e mesas de bacará. Artistas nacionais e internacionais também faziam shows.
Em 46, com jogo proibido em todo o país, os cassinos fecharam as portas encerrando uma era que deixou muitas saudades.
Bondes
Juiz de Fora foi pioneira no setor de transporte ao inaugurar o primeiro serviço público de transporte em Minas, em 1881, que incluía bondes de tração animal.
Os bondes elétricos chegaram 1906, trazidos pela Companhia Mineira de Eletricidade.
Já obsoleto com a presença dos automóveis e ônibus, a última viagem de bonde ocorreu em 1969.
Hoje, um modelo do bonde está exposto no Parque da Lajinha.
Parque Halfeld
É difícil falar de Juiz de Fora sem falar no Parque Halfeld, o primeiro espaço público da cidade. Pertencente ao engenheiro Henrique Guilherme Fernando Halfeld, considerado o fundador de Juiz de Fora, a área foi adquirida pela câmara em 1854 por mil réis, quatro anos depois da fundação do município.
Apesar de chamado de Jardim Municipal não tinha sequer calçamento. Apenas em 1880 foi elaborado o projeto de jardinagem.
As luzes e canteiros vieram apenas no início do século 20.
Em 29 de dezembro de 89 a principal área verde da região central, foi tombada pelo patrimônio municipal.
Cine-Theatro Central
O pintor Ângelo Bigi conceituou com precisão a data de inauguração do Cine-Theatro Central. “Foi um dia emocionante”, dizia ele.
A cerimônia ocorreu em 30 de março de 1929. A construção do prédio havia sido confiada à companhia Pantaleone Arcuri, com projeto de Rafael Arcuri.
A sessão inaugural trouxe, logo na abertura, “Universal Jornal”, seguido pelo drama, em oito atos, de “Esposa Alheia”.
Uma orquestra foi organizada especialmente para os espetáculos do novo cine-teatro.
A iluminação ressaltava as cores da pintura de Bigi, além de proporcionar uma visão da delicadeza dos tons, em algumas partes do trabalho do artista.
Avenida Barão do Rio Branco
Principal corredor de circulação de Juiz de Fora, em sua história, a Avenida Rio Branco já foi chamada de Rua Principal e Rua Direita.
O poeta Pedro Nava foi um dos que melhor definiu a Rio Branco: a rua onde cabem todas as ruas.
Na verdade, a Avenida foi projetada em 1836, sendo chamada de Estrada Nova, e acabou desviando o desenvolvimento para a margem direita do Rio Paraibuna e traçando um novo rumo para a história de Juiz de Fora, além de um novo perfil geográfico para a cidade.